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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

The Guardian modifica matéria que acusava WhatsApp de ter um backdoor

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Jornal britânico The Guardian modifica matéria que acusava WhatsApp de ter um backdoor

Jornal britânico The Guardian modifica matéria que acusava WhatsApp de ter um backdoor
Após criticas de vários analistas, pesquisadores e entidades de segurança, o jornal The Guardian modificou a matéria sobre "backdoor" do aplicativo WhatsApp.
 Grupo de pesquisadores e analistas de segurança se juntam contra matéria sobre "backdoor" do WhatsApp
 Backdoor encontrado no WhatsApp permite a interceptação e leitura das mensagens
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A novela “The Guardian v WhatsApp” ganhou mais um novo capitulo, após a publicação da Carta Aberta de Zeynep Tufekci, e assinada por vários especialistas da área de segurança, condenando a matéria do pesquisador alemão Tobias Boelter, o jornal The Guardian modificou a matéria original substituindo a palavra “backdoor” por “vulnerabilidade”.

Um porta-voz do The Guardian disse: "o WhatsApp foi abordado antes da publicação e incluímos sua resposta na história, bem como um comentário de acompanhamento que foi recebido após a publicação. Enquanto isso estamos de acordo com o nosso artigo que alterou o uso do termo "backdoor" em concordância com a resposta apresentada no rodapé do artigo para reconhecer isso."

Segundo o artigo escrito por Tobias Boelter, diz que há, de fato, um backdoor no famoso sistema de mensagens. A criptografia do WhatsApp é apoiada por chaves de segurança produzidas pelo protocolo Signal. Mas o WhatsApp, afirma o artigo, mantém a capacidade de forçar a geração de novas chaves sem o conhecimento dos usuários. A geração destas chaves permitia a re-criptografia e envio de mensagens que não conseguiram ser entregues ao seu destinatário.

Boelter, informou ao The Guardian que, "se for solicitado os registros de mensagens do WhatsApp por uma agência governamental, ele pode efetivamente conceder acesso devido à mudança de chaves".

Muitos membros da comunidade de pesquisa de segurança desmentiram as afirmações contidas no artigo, dizendo que a descoberta de Boelter não era um backdoor, mas uma vulnerabilidade muito difícil e muito improvável de ser explorada.

Bart Preneel, um dos maiores criptógrafos e especialista em segurança do mundo, e também signatário da carta aberta de Zeynep Tufekci, disse que "não há backdoor um no WhatsApp. O chamado backdoor é uma decisão de design deliberada que melhora a sua usabilidade. Isso acontece quando uma mensagem permanece como não entregue, quando é enviada para um usuário que acabou de adquirir um novo smartphone ou cartão SIM.”

WhatsApp, acrescentou Preneel, fornece uma maneira conveniente para os usuários recuperarem essas mensagens, "o preço pago é um pequeno aumento na vulnerabilidade a um ataque muito sofisticado que só se aplica em uma janela de oportunidade muito curta quando os usuários trocam de smartphones ou cartões SIM. Para a grande maioria dos usuários, a decisão do WhatsApp é perfeitamente correta.”

WhatsApp também descartou as alegações do artigo: "O WhatsApp não dá aos governos um “backdoor” em seus sistemas e lutaríamos contra qualquer pedido do governo para criar um backdoor. A decisão de design referenciada na história do The Guardian impede que milhões de mensagens sejam perdidas, e o WhatsApp oferece notificações de segurança às pessoas para alertá-las sobre possíveis riscos de segurança”.

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