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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Deputados do PT pedem reforço da polícia à sede do partido após ataques

30/06/2016 20h43 - Atualizado em 30/06/2016 20h56

Petistas se reuniram com secretário de Segurança de São Paulo.
Homem atacou a sede durante a madrugada e jogou bomba à tarde.

Lívia MachadoDo G1 São Paulo
Militantes do Partido dos Trabalhadores realizam ato em frente ao diretório nacional do Partido em São Paulo, nesta quinta-feira (30), após o ataque à sede nesta madrugada e a tentiva de um segundo ataque pela tarde.  (Foto: FLORIO E./SIGMAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)Militantes do Partido dos Trabalhadores realizam ato em frente ao diretório nacional do Partido em São Paulo, nesta quinta-feira (30), após o ataque à sede nesta madrugada e a tentiva de um segundo ataque pela tarde. (Foto: Florio E;/SigmaPress/Estadão Conteúdo)
Após dois ataques em menos de 24 horas à sede nacional do Partido dos Trabalhadores em São Paulo, no Centro, nesta quinta-feira (30), deputados da bancada petista se reuniram com o secretário da Segurança Pública, Magino Barbosa Filho, para pedir reforço policial. Segundo o deputado José Zico Prado, ficou acordado que haverá uma rádio-patrulha ao menos nas próximas 48 horas.
Um homem atacou a sede no partido durante a madrugada, foi detido, mas liberado na sequência. À tarde, o mesmo homem retornou ao local e atacou uma bomba caseira. Ele está detido no 1º Distrito Policial, na Liberdade, e será encaminhado para o 2º DP, no Bom Retiro. Segundo a polícia, o autor dos ataques é Emilson Chaves da Silva, de 38 anos. O suspeito será autuado por "explosão consumada".
"Viemos pedir segurança, mas nossa preocupação foi porque em um primeiro momento ele quebrou os vidros com a marreta, foi para a delegacia e foi solto. O secretário nos disse que foi entendido que era só ema questão que não tinha problema ele ser solto, mas ele voltou e jogou a bomba. Agora o secretário disse que ele vai ser enquadrado."
"Nós não temos certeza se ele está agindo sozinho, ou a mando de um outro grupo. Então nós pedimos para o secretário manter uma rádio patrulha para que a gente tenha o mínimo de segurança".
Embora o partido tema ataques à outras sedes, o deputado afirmou que incialmente, o pedido de reforço na segurança é limitado à sede nacional.
"Estamos ficando no que aconteceu neste momento. Nós achamos que se tiver uma atitude mais dura, enérgica lá, com certeza vai inibir em outros lugares".
De acordo com o parlamentar, o secretário teria dito que o autor dos ataques fazia parte do grupo que está acampado em frente à sede da FIESP, na Avenida Paulista.
"O que secretário nos disse é que esse rapaz era um dos que estava acampado na frente da FIESP. Então deve ter sido a mando do grupo que estava lá, por isso que a gente fica mais preocupado ainda. Pode ser que tenha em outros lugares e que não seja uma atitude individual".
Prado também disse que foi pedido ao secretário que aprofunde a investigação sobre a autoria dos ataques.
"Vai colocar reforço policial, ele não vai ser solto e vão fazer uma investigação mais profunda".



















A sede nacional do PT em São Paulo, no Centro da cidade, foi atacada pela segunda vez em menos de 24 horas na tarde desta quinta-feira (30). Segundo a Polícia Civil, o mesmo homem cometeu os dois ataques, que não deixaram feridos.
A primeira ocorrência foi na madrugada. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, à 1h15 um vigia que passava pela Rua Silveira Martins, no Centro, viu Emilson Chaves da Silva, de 38 anos, tentando abrir a porta do prédio com um pé de cabra.
O vigilante contou à polícia que o homem gritava ameaças aos petistas. Três janelas de vidro foram quebradas. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que o prédio é atingido. Carros da Polícia Militar chegaram em seguida, prenderam o homem e o levaram ao 8º Distrito Policial, no Brás, e um boletim de ocorrência por dano ao patrimônio foi registrado. Com ele foi encontrado um canivete. Na delegacia, Emilson teria feito ameaças ao partido e seus integrantes, dizendo que repetiria o ataque.
G1 tentou localizar a defesa do suspeito, mas não conseguiu até as 19h desta quinta. Segundo policiais civis ouvidos pela reportagem, ele ainda não tinha constituído advogado.
Segundo ataque
Emilson foi liberado da delegacia. Horas depois, na tarde desta quinta, ele voltou até a sede do partido e jogou uma bomba caseira, que não explodiu. Ele foi novamente preso e levado até o 1º DP, na Sé. Segundo policiais civis, o homem será transferido ao 2º DP, no Bom Retiro, que possui carceragem. Ele deve aguardar vaga no sistema prisional.
Em nota, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que sentiu “uma imensa tristeza ao receber a notícia do ataque à sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo”. “Não podemos admitir que as diferenças políticas se transformem em violência.” Ele acrescentou que “nenhuma bomba, pé-de-cabra ou agressão vai tirar nossa determinação de lutar por um Brasil mais justo para todos”.
Redes sociais
Logo após o primeiro ataque, o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, colocou em sua página do Twitter a foto da fachada da sede atacada e escreveu: "Sede nacional do @ptbrasil atacada durante a madrugada. Escuridão sobre a tolerância e democracia".
O PT também publicou no Twitter na madrugada desta quinta-feira uma nota de 27 de junho e disse que os "ataques ao PT e o golpe em curso têm como objetivo implantar o programa derrotado nas urnas em 2014".
Em março, um portão do Instituto Lula, na Zona Sul de São Paulo, foi pichado após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter prestado depoimento na 24ª fase da Operação Lava Jato. Depois, um grafite do artista Tody One cobriu a pichação.
Em nota, o PT confirmou o primeiro caso, e afirmou que a sede do partido foi atacada a "golpes de picareta" em uma onda de ódio. Na madrugada, o segurança que estava de plantão relatou que ninguém se feriu, que o homem teria sido contido e a polícia militar acionada em seguida.
Imagem divulgada por Padilha mostra prédio da direção nacional do PT em São Paulo com os vidros quebrados (Foto: Reprodução/Twitter)Imagem divulgada por Padilha mostra prédio da direção nacional do PT em São Paulo com os vidros quebrados (Foto: Reprodução/Twitter)

Emocionado, Terence Hill se despede de Bud Spencer na Itália



Funeral de artista italiano foi realizado em igreja de Roma


Agência ANSA


 Sem conseguir esconder sua comoção, o ator Terence Hill participou nesta quinta-feira, dia 30, do funeral do companheiro Carlo Pedersoli, mais conhecido como Bud Spencer, que faleceu no começo desta semana aos 86 anos.
    O corpo do ator foi recebido com uma salva de aplausos na Basílica de Santa Maria in Montesanto, conhecida como a "Igreja dos Artistas", na Piazza del Popolo, em Roma.
    Participaram da cerimônia familiares, amigos, colegas do cinema, como Dario Argento e Nino Benvenuti, além de centenas de fãs que quiseram dar o último adeus a Bud Spencer, mesmo diante do forte sol do verão romano.
    Terence Hill foi um dos primeiros a chegar. Ele teve que entrar por uma porta lateral da igreja, diante do enorme número de fãs.
    Ele estava muito comovido e evitou dar declarações à imprensa.
    Spencer, estrela do estilo cinematográfico "Spaghetti Western", como eram chamados os filmes de faroeste italianos dos anos 1960 e 1970, morreu na tarde da última segunda-feira (27), aos 86 anos. Ele estava internado em um hospital de Roma. O anúncio do falecimento foi feito pelo seu filho Giuseppe Pedersoli. "Papai foi embora serenamente às 18h15 [horário local]. Não sofreu, e sua última palavra foi 'obrigado'", disse à ANSA. Nascido em 31 de outubro de 1929, em Nápoles, Spencer construiu uma longa trajetória, estrelando não apenas produções de apelo popular, mas também suspenses, dramas e obras de cinema de autor, como "Cantando dietro i paraventi", de Ermanno Olmi. Sua fama, no entanto, veio com as parcerias com Terence Hill no faroeste à italiana. O ator nunca escondeu certa amargura por não ser suficientemente reconhecido no meio artístico. Após o fim da II Guerra Mundial, sua família se mudou para o Brasil, onde Spencer trabalhou por três anos no Consulado da Itália em Recife. (ANSA)

Dólar vai a R$ 3,21 e acumula queda de mais de 11% no mês

30/06/2016 17h00 - Atualizado em 30/06/2016 18h47

É o maior recuo mensal em 13 anos; no semestre queda é de 18,61%.
Moeda norte-americana fechou em queda de 0,73%, a R$ 3,2133. 

Do G1, em São Paulo



















O dólar fechou em queda pelo 3º dia seguido nesta quinta-feira (30), renovando mínimas em quase 1 ano e acumulando no mês de junho um recuo de mais de 11%, a maior desvalorização mensal em 13 anos.
A moeda dos Estados Unidos terminou o dia em queda de 0,73%, vendida a R$ 3,2133 – menor nível de fechamento desde 21 de julho de 2015 (3,1732 reais). Na mínima da sessão, o dólar chegou a R$ 3,1830. Veja a cotação do dólar hoje.
Dólar nos últimos dias
Cotação de fechamento em R$
3,4683,41963,39893,40543,37633,34383,37853,39313,30453,2373,2133cotação16jun17jun20jun21jun22jun23jun24jun27jun28jun29jun30jun3,23,253,33,353,43,453,5
Gráfico elaborado em 30/06/2016
No mês de junho, o dólar recuou 11,05% frente ao real, o maior recuo mensal desde abril de 2003, segundo a Reuters.
Já a Bovespa fechou em alta de 1,03%, acumulando valorização de 18,8% no 1º semestre.
Queda de 18,61% no semestre
No 1º semestre e no acumulado do ano, o dólar tem desvalorização de 18,61%.
"Essa queda do dólar surpreendeu muita gente e parte do mercado quer ver até onde esse movimento tem força para ir", disse à Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Operadores acreditam, no entanto, que a moeda norte-americana não deve se afastar muito do patamar atual no curto prazo, seja para cima ou para baixo, destaca a Reuters.
Embora incertezas sobre o futuro do Reino Unido após a opção por deixar a União Europeia (UE) permaneçam, a perspectiva de estímulos no resto do mundo tende a manter as cotações perto das mínimas em quase um ano.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, queda de 0,32%, a R$ 3,2267
Às 10h, queda de 0,27%, a R$ 3,2284
Às 11h, queda de 0,83%, a R$ 3,2102
Às 11h56, queda de 1,22%, a R$ 3,1976

Às 13h10, queda de 0,94%, a R$ 3,2064
Às 14h, queda de 1,65%, a R$ 3,1835 

Às 15h, queda de 0,75%, a R$ 3,2125
Às 15h40, queda de 1,14%, a R$ 3,20
Às 16h10, queda de 0,62%, a R$ 3,1835
Cenário externo e interno
Os mercados têm sido fortemente influenciados após o Reino Unido decidir na semana passada deixar a União Europeia. O referendo gerou forte mau humor na sexta-feira e na segunda-feira, mas o quadro se inverteu nos dias seguintes.
Outro motivo apontado por analistas é a expectativa de que os juros no Brasil devem demorar mais que o esperado para voltar a cair. Com juros mais altos, o país se torna mais atraente para investidores, o que motiva umaentrada de dólares no Brasil. Com mais dólares em circulação, o valor da moeda norte-americana tende a cair em relação ao real.
"A impressão que dá é que o mercado virou a chave em relação ao Brasil", disse à Reuters o operador da corretora B&T Marcos Trabbold. "Pode haver exageros, como vimos hoje mais cedo, mas se o BC continuar ausente e não tivermos grandes surpresas na política, parece que o dólar de fato mudou de patamar".
Ausência de intervenção do BC
A inação do BC, sob o comando de Ilan Goldfajn, no mercado cambial diante do recuo recente da moeda norte-americana também vem contribuindo para manter o dólar em patamares baixos. Muitos operadores esperavam que a autoridade monetária agisse para amortecer a queda do dólar, com medo de impactos sobre as exportações.
O BC não faz leilão de swap reverso, que equivale a compra futura de dólares, desde 18 de maio. Este era o instrumento que o BC, quando era comandado por Alexandre Tombini, estava usando para segurar maiores quedas do dólar.
"Embora a equipe econômica possa não estar ativamente perseguindo (o dólar mais fraco), parece improvável que aja para reverter a tendência atual, já que pode ajudar a ancorar as expectativas de inflação no longo prazo", escreveram analistas da consultoria de risco político Eurasia Group em relatório.
O banco JPMorgan espera que o dólar termine o terceiro trimestre a R$ 3,35 e avance para R$ 3,50 ao fim deste ano.
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