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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Capitão do tri, Carlos Alberto Torres morre aos 72 anos


Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro
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A MORTE DO CAPITA: CRAQUE POR ONDE PASSOU E AUTOR DE GOL ANTOLÓGICO

Capitão do tricampeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970, o ex-lateral Carlos Alberto Torres morreu aos 72 anos nesta terça-feira. O ex-jogador, que atualmente trabalhava como comentarista da Sportv, sofreu um infarto fulminante. O velório será na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Carlos Alberto Torres fez sua última participação na emissora no último domingo durante o programa "Troca de Passes". Ele estava em sua casa no Rio de Janeiro quando sofreu o infarto. Segundo a TV Globo, Torres estava acompanhado do amigo e comentarista Ricardo Rocha quando começou a se sentir mal, chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu.
Além de comentarista, Torres também era membro do Comitê de Reformas da CBF, grupo que estuda reformas em Código de Ética, Estatuto, Licenciamento e Registro, Calendário e Futebol Feminino. O grupo se reunia a cada dois meses para debater o assunto.
 

ANÁLISE: CARLOS ALBERTO FOI GÊNIO DA LATERAL E GRANDE LÍDER

Carlos Alberto Torres marcou época no futebol brasileiro não só por sua passagem na seleção, mas também pela carreira trilhada em clubes do país, como Santos, Botafogo e Fluminense. Foi tricampeão carioca pelo time tricolor (1964, 1975 e 1976) e pentacampeão paulista na equipe santista (1965, 1967, 1968, 1969 e 1973). 
Ao pendurar as chuteiras em 1982, quando atuava pelo New York Cosmos, Carlos Alberto Torres iniciou a carreira de treinador com o título brasileiro de 1983 com o Flamengo. Passou por diversos clubes até o trabalho no Paysandu em 2005, o seu último na profissão.
Mas a cena que ficará imortalizada em sua vida no futebol é a da Copa do Mundo de 1970, quando levantou a taça Jules Rimet ao término da campanha histórica. Foram seis vitórias em seis jogos de um time que reuniu Pelé, Tostão, Jairzinho, Gerson e Rivelino.
 

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Nascida duas vezes: bebê é retirada de útero, operada, e colocada de volta por mais três meses

25/10/2016 10h01 - Atualizado em 25/10/2016 10h01


Lynlee Boemer foi diagnosticada com tumor na coluna quando ainda era apenas um feto e teve de passar por uma cirurgia sem a qual não sobreviveria.

Da BBC
Lynlee Boemer teve de ser retirada do útero de sua mãe para uma cirurgia vital (Foto: Paul V. Kuntz/Texas Children's Hospital)Lynlee Boemer teve de ser retirada do útero de sua mãe para uma cirurgia vital (Foto: Paul V. Kuntz/Texas Children's Hospital)
Nascer costuma ser uma experiência única e irreplicável, mas não foi assim com Lynlee Boemer. A bebê de Lewisville, no Estado do Texas, "veio ao mundo" duas vezes.
Primeiro, quando pesava apenas 530 gramas. Ela foi retirada do útero de sua mãe por 20 minutos para uma cirurgia vital após um ultrassom de rotina na 16ª semana de gestação revelar um tumor na sua coluna.
Esse tumor, teratoma sacrococcígeo, vinha competindo com o feto por sangue - e elevando seu risco de ter uma falência cardíaca.
A mãe de Lynlee, Margaret Boemer, estava esperando gêmeos, mas perdeu um dos bebês no primeiro trimestre de gravidez. Quando veio o diagnóstico do bebê sobrevivente, os médicos recomendaram que ela interrompesse a gestação por completo.
Porém, havia uma opção: uma arriscada cirurgia que que seria a vida ou morte para a criança. A bebê teria 50% de chances de viver.
Mãe de duas meninas, Margaret Boemer descobriu que sua 3ª filha tinha um tumor na coluna quando a gestação estava na 16ª semana (Foto: Paul V. Kuntz/Texas Children's Hospital)Mãe de duas meninas, Margaret Boemer descobriu que sua 3ª filha tinha um tumor na coluna quando a gestação estava na 16ª semana (Foto: Paul V. Kuntz/Texas Children's Hospital)
O tumor e Lynlee tinham quase o mesmo tamanho quando a operação foi realizada, na 23ª semana de gestação.
"A escolha era entre deixar o tumor fazer o coração dela parar ou dar a ela uma chance de vida", diz Margaret. "Foi uma decisão fácil: escolhemos dar vida a ela."
'Seu coração parou'
O teratoma sacrococcígeo é o tipo mais comum de tumor encontrado em bebês, segundo o médico Darrel Cass, que fez parte da equipe do Hospital Infantil do Texas que operou Lynlee.
Ainda assim, é bastante raro, sendo registrado em um a cada 30 mil a 70 mil nascimentos. Sua causa é desconhecida, e é quatro vezes comum em meninas que em meninos.
Cass disse que o tumor de Lynlee era tão grande que foi necessária uma incisão "enorme" para retirá-lo. Em dado momento, o coração da bebê parou de funcionar e um especialista a manteve viva enquanto a maioria do tumor era retirado.
Ao fim do procedimento, ela foi colocada de volta no útero de sua mãe. Margaret passou 12 semanas em total repouso, e Lynlee "nasceu pela segunda vez" em 6 de junho, através de uma cirurgia cesariana feita próximo do fim da gravidez.
Ela veio ao mundo saudável e pesando 2,4 kg. O nome, Lynlee, é uma homenagem às suas avós.
Aos oito dias de vida, teve de ser operada de novo para remover o restante do tumor de seu cóccix. Hoje, está em casa e se recupera muito bem, segundo seu médico.

Saiba por que, mesmo abandonados, cães esperam os donos

Segundo estudos, os cães veem as famílias humanas como seu próprio grupo, onde encontram segurança, abrigo e alimentação

Um cão abandonado pelos donos aguarda há cerca de 15 dias pelo retorno da família que o deixou e se mudou para outro bairro em Macapá, no Amapá. O cachorro, uma mistura da raça golden retriever com vira-lata, foi visto vagando pela rua e observando a porta da antiga casa, que ostenta uma placa de “aluga-se”. Segundo a ONG Anjos Protetores, que resgatou o animal, ele está fraco e debilitado. Extremamente sociáveis, mostrando sinais de empatia e capazes de distinguir palavras e entonações como nós, os cães costumam sofrer com a separação dos donos – às vezes colocando a vida em risco.
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“Muitos cães – talvez metade dos que vivem no Ocidente – que moram em lares urbanos têm um grande problema ao serem deixados sozinhos em algum momento de suas vidas”, explica o biólogo britânico John Bradshaw em seu livroCão Senso, que investiga o comportamento do animal. “E esse problema pode durar semanas ou meses. Eles precisam da companhia das pessoas. “

Evolução ao lado dos humanos

Isso acontece porque, após serem domesticados, cerca de 11.000 anos atrás, a evolução dos cães aconteceu ao lado do homem. Inicialmente, esses animais que viviam em matilhas chegaram aos acampamentos atrás de restos de comida e foram sendo moldados por nós. Aqueles que exibiam características mais úteis ao convívio humano – capacidade de caçar, pastorear rebanhos, defender territórios, fazer companhia – foram acolhidos e passaram sua herança genética adiante. Ao longo do tempo, a aproximação entre os homens e os animais chegou a tal ponto que eles passaram a nos identificar como integrantes das antigas matilhas – ou seja, de seu próprio grupo.
“As pesquisas mais recentes falam em uma ‘convergência evolutiva’, o que significa que o animal não seria o que é, hoje, sem nós. Ele encara a família humana como o seu grupo, no qual encontra segurança, abrigo e alimento. Por isso, ficar distante desse ambiente causa muito sofrimento para os cães”, explica a especialista em comportamento animal Carolina Rocha, do Pet Anjo, um site de serviços para animais de estimação em São Paulo.
Além da falta da companhia, os cachorros são também muito ligados à rotina. Sua existência se dá em torno das horas certas para dormir, comer, passear, brincar ou aguardar o dono chegar do trabalho. Quando esses hábitos são alterados, o animal costuma ter dificuldades para se adaptar. “Quando a família, que é responsável por manter a rotina do cão, fica distante, ele nota que há algo errado e pode ficar triste, ansioso e até parar de se alimentar”, diz Carolina.
Como a percepção de tempo dos cães é diferente da humana – está mais ligada aos ciclos de luminosidade que a períodos como dias ou anos – , ele pode passar muito tempo aguardando os donos sem saber se a espera foi de horas, semanas ou meses. Assim, quando o animal é abandonado e deixa de comer, ele pode ficar abatido e fraco, como ocorreu com o cão de Macapá.
“O vínculo entre homens e cães é muito antigo e forte. Por isso conhecemos episódios de cachorros que esperam o dono mesmo depois que ele já morreu ou aguarda que a família que se mudou retorne. A quebra desse vínculo costuma ser difícil para os animais”, diz Carolina. “Há dados científicos que revelam que essa ligação se dá também por meio do afeto, com a medição em cães dos níveis de oxitocina, conhecido como o ‘hormônio do amor’. Não é possível dizer que ele sente a intenção do abandono, mas certamente a ruptura lhe causa bastante sofrimento.”

Modelo morre após sessão de quiropraxia


Katie May teve um derrame acidental causado por um especialista da prática.

Em fevereiro deste ano, a morte da modelo da Playboy norte-americana e “rainha do Snapchat”, Katie May, aos 34 anos, pareceu não fazer sentido. Durante uma sessão de fotos, ela teria caído e machucado o pescoço, o que a levou até o hospital para ver a dor. Incessante, Katie decidiu ir à um quiroprata para resolver o problema. Infelizmente, ela faleceu poucos dias depois.
De acordo com o site TMZ, a autópsia realizada pelo legista do condado de Los Angeles revelou que Katie ficou com uma espécie de torção na artéria, cortando o fluxo de sangue para o cérebro. A manobra teria ocorrido durante a visita da modelo ao consultório de quiropraxia, que, acidentalmente, causou a torção fatal.
Para entender como isso foi possível, o médico vascular Carlos Peixoto, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ) explica: “Existem quatro artérias que levam o sangue oxigenado até o cérebro: duas carótidas e duas cervicais. As artérias cervicais saem de um orifício da coluna cervical, na base do pescoço. Movimentos muito bruscos ali, ou a hiperextensão ou hiperflexão prolongada do local, podem provocar a retenção do sangue e, consequentemente, a formação de coágulos (tombos). Esses coágulos, por sua vez, quando o sangue é novamente liberado, podem não ser dissolvidos e irem parar no cérebro, provocando o AVC.”
Além disso, Carlos não contraindica a técnica, apenas recomenda que, no caso de realizar a sessão e ainda sentir dor, procurar um especialista imediatamente. E ele alerta para um hábito bem comum, hoje em dia, que piora a situação: falar ao telefone usando o ombro e a cabeça para segurá-lo, um fator de risco para a compressão das artérias.