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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Conheça os superpoderes e detalhes do novo Android Oreo 8.0


Conheça os superpoderes e detalhes do novo Android Oreo 8.0




Android Oreo 8.0 foi lançado este ano e descrito com a maior pinta de super-herói. A promessa é de ser duas vezes mais rápido no boot inicial, entre outros superpoderes como utilização de dois apps simultaneamente, preenchimento automático mais inteligente, mais segurança entre os aplicativos, além de diminuição da atividade em segundo plano, para economia de bateria.

A ansiedade para experimentar o sistema operacional parece estar chegando ao fim, para todos. Aparelhos Pixel e Nexus tiveram prioridade nessa fila, mas muitos dos fabricantes parceiros já iniciaram os testes, ou estão programando para fazer a atualização, a qualquer instante. São eles: Essential, General Mobile, HMD Global Home of Nokia Phones, Huawei, HTC, Kyocera, LG, Motorola, Samsung, Sharp e Sony.

 
Além de novas funcionalidades (listadas, abaixo), temos também um novo time de Emojis, que foram todos redesenhados. Junto com a medida, saiu até uma carta de despedida engraçadinha para as antigas figuras. Quem quiser, pode ler aqui, em inglês. 
 oreo

Função picture-in-picture

A função picture-in-picture (PiP) permite que você assista a um vídeo, ao mesmo tempo que usa outros aplicativos. Para usar a função pelo Chrome, por exemplo, ao dar o play em um vídeo e após colocar em modo full screen, é só tocar no botão home. O vídeo, então, ficará em miniatura, ainda em execução, e você poderá mover a janela para qualquer canto da tela, enquanto usa outros aplicativos. Quando não quiser mais assistir, é só deslizar e arrastar a janela para a parte inferior na tela.

No Google Maps, a função picture-in-picture já começa a ser executada só de iniciar a navegação. A função é muito interessante também para ligações/chamadas em vídeo. Para usar, basta fazer a ligação, tocar no botão home e a imagem ficará em miniatura. A única diferença para os vídeos é que ao deslizar a janela da ligação para baixo, a chamada será encerrada (os vídeos continuam na aba de notificações).
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Adiar notificações

Com o Android Oreo, é possível adiar notificações de mensagens ou e-mails que não queremos acessar imediatamente. Com um deslize para a direita na notificação, basta tocar no ícone de relógio e selecionar a quantidade de tempo que gostaria de adiar, para lidar com aquela notificação mais tarde. Além disso, as notificações estão ocupando menos espaço. Ao tocá-las é possível ler por completo, mas em geral, aparecem minimizadas.

Aviso de notificações

Quando houver alguma novidade em um aplicativo, junto aos ícones aparecerão pontos indicando o número de notificações pendentes. Ao tocá-los, você consegue ver na mesma tela do que se trata o aviso e descartar, se quiser, arrastando para o lado. A função pode ser desabilitada.
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Economia da bateria

A bateria tem novas configurações que permitem uma maior duração. O Oreo consegue evitar o uso excessivo e involuntário da bateria nos aplicativos que estão em segundo plano (processos que ocorrem sem interação com o usuário).  

WiFi automático

Aquele desespero de esquecer de ligar o WiFi depois de já estar em casa há uns trinta minutos, parece que será resolvido, também. Quando você desativa o WiFi ao sair de casa, não é mais necessário ligar novamente, ao voltar. O Oreo vai fazer esse serviço pra você automaticamente, assim que você se aproximar de uma rede segura e conhecida.

Segurança nos apps

A verificação de aplicativos para uma maior segurança do usuário é uma das medidas do Google nesta atualização, por meio do Google Play Protect, que já vem incorporado. Nas Configurações (que também foram redesenhadas, com categorias diferentes), ficam disponíveis as informações sobre a frequência em que os aplicativos estão sendo verificados e quando a vistoria ocorreu, pela última vez.
 protect

Ferramentas de seleção de texto

O Oreo pode identificar informações como números telefônicos e endereços, tornando mais fácil o momento de selecionar este tipo de textos. Ao tocar duas vezes naquilo que quer selecionar, o dado completo já será grifado para a cópia.

Formato dos ícones

Os ícones dos aplicativos poderão ter seus formatos modificados de acordo com a preferência do usuário, sem precisar instalar nada. A informação é de que existem quatro opções de formatos, nas configurações. Seriam elas: formato quadrado, redondo, quadrado "arredondado", ou formato de gota.

Novos Emojis

O Google redesenhou os emojis do Android, segundo o blog da empresa, para garantir uma “comunicação mais consistente”. Além do estilo, a coleção vem com 60 novos emojis.
 emnoji

Preenchimento automático em apps

A velocidade não será melhorada apenas na hora de ligar o aparelho. Para deixar tudo mais rápido, o login em seus aplicativos poderá ser feito usando a função de preenchimento automático. O Google poderá salvar e preencher sozinho seus dados e senhas, tudo com sua autorização prévia.  

Instant Apps

Instant Apps está presente de forma nativa, com o Oreo. Ele possibilita o uso de aplicativos nativos Android (ou apenas uma de várias funcionalidades do app) que podem ser executados instantaneamente por meio de um URL, sem precisar de instalação no aparelho.

7 acontecimentos e descobertas que fizeram de 2017 um ano incrível para a ciência


7 acontecimentos e descobertas que fizeram de 2017 um ano incrível para a ciência

Da 1ª observação de uma explosão de estrelas de nêutrons à técnica de 'editar' doenças genéticas do DNA, descobertas no ano abriram novas frentes de pesquisa em diferentes campos.

Por BBC
  Pesquisadores da Nasa já imaginam a paisagem que podem ter os novos planetas descobertos em zonas habitáveis de uma estrela | (Foto: NASA/JPL-Caltech)

O ano que termina foi marcado por descobertas incríveis no mundo da ciência, algumas delas consagrando técnicas revolucionárias para salvar vidas ou observar fenômenos no espaço, e, nesse caso, a ajudar a entender melhor o Universo. 
 
Foi o ano do "sacrifício" da Cassini, a sonda que desvendou segredos de Saturno, mas também o ano da descoberta de um sistema planetário com sete planetas semelhantes à Terra orbitando um mesmo sol. 

Além disso, foi em 2017 que cientistas conseguiram desativar genes defeituosos no embrião abrindo uma importante frente na luta contra doenças hereditárias fatais.
Relembre os principais destaques da ciência no ano, alguns dos quais prometem muitas novidades em 2018.

1. Colisão de estrelas confirma previsão de Einstein

A colisão aconteceu há 130 milhões de anos, mas só agora pode demonstrar a teoria formulada por Einstein há mais de um século (Foto: PA.)

Para a comunidade científica, 2017 entrará para a história como o ano das ondas gravitacionais. 

Em agosto, astrônomos dos observatórios Ligo, nos Estados Unidos, e Virgo, na Itália, conseguiram observar pela primeira vez a colisão entre duas estrelas mortas, ou estrelas de nêutrons, graças à detecção de ondas gravitacionais - flutuações no espaço-tempo previstas por Einstein há mais de um século. 

A primeira detecção das ondas gravitacionais fora anunciada em 2016, quando o observatório Ligo descreveu o fenômeno após analisar a fusão de dois buracos negros distantes. Na época, o evento foi considerado o início de um novo ramo da astronomia, que usa as ondas gravitacionais para coletar dados sobre fenômenos que ocorrem a grandes distâncias. 

A de agosto de 2017 foi a quarta vez na história em que eram detectadas ondas gravitacionais, e a primeira observação, por observatórios do mundo todo, de uma colisão de estrelas de nêutrons, o que levou a revista Sience a escolher o evento como a descoberta do ano. 

"A explosão confirmou vários modelos-chave da astrofísica, revelou como surgiram vários elementos pesados e testou a Teoria da Relatividade (de Einstein) como nunca antes", justifica a Science. 

A colisão ocorreu em uma galáxia na constelação de Hidra.

Alguns dos fatos ligados ao evento são impressionantes. Por exemplo, as estrelas de nêutron são tão densas que uma colher de chá de uma delas pesaria um bilhão de toneladas. 

Os pesquisadores também confirmaram que este tipo de colisão estelar é a origem do ouro e da platina no universo. "Essas estrelas são um laboratório de física extrema: é um material exótico, rico em nêutrons; e, quando são desmembradas, gera-se radiação exótica (...) que produz elementos como o ouro. É algo muito empolgante", explicou o astrônomo inglês Martin Rees na ocasião da descoberta.

2. O mergulho final da Cassini

Durante seu último mergulho em Saturno, a Cassini ainda conseguiu enviar imagens para a Terra (Foto: NASA/JPL-CALTECH)
A sonda Cassini chegou às proximidades de Saturno em 2004. Nos 13 anos em que esteve ativa, os dados coletados por ela transformaram nossa compreensão do planeta e de suas luas. 

O veículo descobriu gêiseres espirrando água de um oceano subterrâneo no satélite gelado Encélado, observou de perto os mares e lagos de metano na maior lua de Saturno, Titã, e testemunhou uma tempestade gigantesca que circundou o planeta dos anéis. 

Mas a Cassini começou a ficar sem combustível, e a Nasa decidiu que era melhor destruir o satélite na atmosfera de Saturno, para que ele não colidisse com uma das luas, por exemplo, e a contaminasse com micróbios terrestres. 

No dia 15 de setembro, a Cassini mergulhou nas nuvens do planeta e se rompeu por completo - e ainda conseguiu mandar dados durante seus últimos momentos.
Enquanto isso, cientistas da Nasa acompanhavam, emocionados, o fim da missão de mais de uma década.

3. Um iceberg gigante se forma


Rachadura em plataforma de gelo foi detectada há anos, mas começou a se aprofundar em 2014 (Foto: Copernicus Sentinel 1 Data/Bas)

Em meados de julho, pouco depois do anúncio de Trump, um dos maiores icebergs já registrado pela ciência se desprendeu da plataforma de gelo Larsen C, na Antártida. 

Os cientistas já vinham acompanhando o aumento de uma imensa rachadura na superfície do gelo há uma década. 

O bloco imenso de gelo cobria uma área de cerca de 6 mil km² - e representava cerca de 12% da plataforma Larsen C. 

A formação de icebergs das bordas de plataformas de gelo é comum. No entanto, os pesquisadores dizem que a Larsen C está, agora, em seu menor tamanho desde o fim da última Era do Gelo, há cerca de 11.700 anos.
Ainda será preciso estudá-la mais para entender como a plataforma está respondendo ao aquecimento global. 

O futuro da plataforma também é incerto, mas, se ela entrar em colapso, poderia liberar geleiras com água suficiente para aumentar os níveis globais dos oceanos em um centímetro.

4. Edição genética contra doenças

Embriões humanos foram modificados pela primeira vez com uma nova técnica de edição genética, diferente da já conhecida CRISPR (usada nos da imagem acima) (Foto: OHSU)

Pela primeira vez na história, uma equipe de cientistas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul conseguiu corrigir, em embriões humanos, um gene defeituoso responsável por uma doença cardíaca mortal hereditária que afeta uma a cada 500 pessoas. Eles usaram a técnica da edição genética. 

A doença, chamada de miocardiopatia hipertrófica - pode fazer com que o coração pare de bater, provocando uma morte súbita. 

Ela é causa por um erro em um só gene (uma instrução no DNA) e qualquer pessoa que o tenha tem 50% de chances de transmiti-lo a seus filhos.
A nova técnica de edição do gene, realizada durante a concepção do embrião na fertilização in vitro, foi desenvolvida no ano passado na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e é descrita como uma "cirurgia química" de precisão. 

O procedimento abre a porta para a prevenção de cerca de 10 mil distúrbios que são transmitidos de geração a geração, segundo os pesquisadores. 

Em setembro, outra equipe - desta vez da China - disse ter conseguido corrigir embriões humanos que continham o gene recessivo de uma doença hereditária do sangue conhecida como talassemia. Neste caso, as duas cópias do gene (a que vem do pai e a que vem da mãe) contêm a mutação.

5. Sete planetas como o nosso

Planetas orbitam estrela fria e de pouca massa na constelação de Aquário (Foto: NASA/JPL-Caltech)

Em fevereiro, cientistas relataram a descoberta de um sistema planetário com sete planetas de tamanho similar ao da Terra. Todos orbitavam uma estrela chamada de TRAPPIST-1, que fica a 41 anos-luz do Sol. 

A estrela - fria e com pouca massa - fica na constelação de Aquário. É a primeira vez que são descobertas estrelas de tamanho tão semelhante ao nosso orbitando a mesma estrela. 

Isso poderia indicar que a Via Láctea está, na realidade, repleta de corpos celestes que se parecem, em tamanho e relevo, ao nosso mundo rochoso. 

Três dos planetas da TRAPPIST-1 estão na chamada zona habitável, órbitas relativamente temperadas onde a água pode permanecer líquida na superfície.

Estes são alguns dos planetas mais interessantes para serem explorados nos próximos anos. Se pode haver água, pode haver alguma chance de vida.

6. Um novo membro da família

Homo Sapiens teria surgido cerca de 100 mil anos antes do que se pensava, segundo nova descoberta (Foto: Philipp Gunz/MPI EVA Leipzig)
Em julho, pesquisadores revelaram os fósseis de cinco humanos pré-históricos encontrados no norte da África que mostravam que a nossa espécie, o Homo sapiens, teria surgido ao menos 100 mil anos antes do que se acreditava. 

A descoberta indica que nossa espécie não teria se desenvolvido em um único "berço" no leste da África. Na verdade, os humanos modernos poderiam estar evoluindo na mesma direção em todo o continente. 

O ano de 2017 também teve outras grandes notícias no campo da evolução humana. Pesquisadores chamaram a atenção de todo o mundo quando, em 2015, mostraram os restos de 15 esqueletos parciais pertencentes a uma nova espécie de humano, o Homo naledi. 

Na época, no entanto, eles não conseguiam determinar com certeza a idade dos ossos - alguns traços sugeriam que eles pudessem ter até 3 milhões de anos de idade. 

Este ano, o líder da equipe, Lee Berger, anunciou que os fósseis tinham entre 200 mil e 300 mil anos. Longe de ser um ancestral do Homo sapiens, o Homo naledi pode, na verdade, ter convivido com membros da nossa espécie.

7. O visitante interestelar

O asteroide Oumuamua é um dos objetos mais longos que já foram observados pelos cientistas (Foto: ESO/M. Kornmesser)
Mesmo prevendo há anos que seríamos visitados em algum momento por um asteroide interestelar, 2017 foi a primeira vez em que vimos um.

Descoberto por uma equipe de cientistas usando o telescópio havaiano Pan-Starrs em outubro, o objeto foi batizado de "Oumuamua", que significa "mensageiro de longe que chega primeiro" na língua local.

Sua velocidade e trajetória foram os primeiros indicativos de que ele vinha de fora do nosso Sistema Solar.

Mas o Oumuamua não é só o primeiro visitante de fora, mas também um dos corpos celestes mais longos que já se viu. Seu formato, semelhante a um charuto, chamou a atenção dos pesquisadores.

Uma campanha de observação do objeto usando os telescópios mais potentes do mundo mostrou que ele não levava algum tipo de tecnologia inteligente, mas que poderia conter água em seu interior.
 
Ao medir a maneira como o Oumuamua reflete a luz do sol, os pesquisadores concluíram que ele é semelhante a objetos gelados do nosso próprio sistema solar, que estão cobertos por uma camada seca.

IMAGENS DE SATÉLITE 1984-2016: 32 Anos de Mudanças na Terra

O tamanho do Universo - Video para assistir sempre.

sábado, 23 de dezembro de 2017

5 mitos sobre Linux que afastam novos usuários

5 mitos sobre Linux que afastam novos usuários

Existem muitos mitos que envolvem o Linux atualmente, mas quais são as informações verdadeiras e as falsas? Vamos debater

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

/ por Dionatan Simioni
Todas as coisas que fogem um pouco do público "maistream" comumente são cercadas de mitos, com o Linux nos Desktops não seria diferente. Vamos falar agora de 5 deles que por vezes os novos usuários acabam "ouvindo de alguém" e que eventualmente os afastam dos sistemas baseados neste Kernel.

Mitos sobre Linux


Com 2017 chegando ao final, 2018 vem aí para comemorar nada mais, nada menos, do que o sétimo aniversário do blog Diolinux, quem diria, hein!? Depois de 7 anos, o cenário do Linux nos Desktops mudou muito, talvez até mais do que eu consiga lembrar, mas alguns mitos ainda persistem na cabeça de muitos, vamos falar sobre cinco deles.

1 - Linux é difícil de se utilizar

Esse é sem dúvida um dos maiores mitos, mas vamos por partes.
Acho que com um pouco reflexão você pode ser dar conta que uma afirmação como esta não faz muito sentido. Veja bem, defina para mim o que é "fácil" e o que é "difícil".
Tocar guitarra é fácil ou difícil? Acredito que a resposta seja: depende. Depende do seu conhecimento prévio, se você já sabe tocar violão fica mais simples, se você nasceu com "o dom pra música", provavelmente será mais simples também, ter o hábito também ajuda.
Tenha em mente que "fácil e difícil" são duas coisas complemente relativas e variam de pessoa para pessoa.
O que geralmente acontece para que alguns cheguem a essa conclusão é a falta de instrução prévia, um dos motivos da criação do blog Diolinux (e do canal também) foi justamente este, com isso, o caminho fica mais tranquilo.

A maior parte das pessoas que teve alguma frustração usando Linux são geralmente pessoas que já entendem um pouco de Windows e se sentem perdidas neste novo universo.

Essa sensação de ser bom e de repente ser jogado em um universo onde os seus conhecimentos já não tantos, ainda mais para coisas rotineiras como usar o computador, nunca é boa, é algo natural do ser humano. Uma vez que isso seja identificado, você fica mais apto a superar novos desafios.

Mudanças são complicadas sempre, mas podem valer muito a pena. Conheço várias pessoas leigas em tecnologia (não em Linux exatamente) que usam distros como o Linux Mint em seus computadores diariamente para fazer tarefas comuns, não há como chamar Linux de "difícil" observando-os. No entanto, vale a pena observar a distribuição, existem distros Linux mais adequadas para usuários novatos do que outras, isso pode trazer uma experiência bem diferente, aliada as várias interfaces que o Linux proporciona, certamente algumas são mais intuitivas do que outras.

2 - É preciso usar comandos para fazer tudo no Linux


Não, não é preciso. Mas acho que podemos falar mais sobre isso.
Antes de mais nada, não devemos encarar a possibilidade de operar o sistema operacional via comandos como algo ruim, distros Linux, Windows, macOS, BSDs e outros sistemas, possuem, invariavelmente, a possibilidade de operação via terminal.
Existem milhares de tutoriais pela internet sobre macOS e Windows onde são utilizados comandos, no suporte oficial das empresas muitas vezes são informados comandos, então não se assuste. No Linux você pode realmente fazer de tudo pelo terminal, mas isso não quer dizer que tudo PRECISE ser feito através dele.

Acredito que as vezes essa impressão vem de antigos manuais e artigos espalhados por blogs, internet à fora, e a forma generalista de tratar as distros. Um exemplo: Digamos que eu queira mostrar como instalar o editor de imagens GIMP em distros baseadas no Ubuntu, todas elas pelo terminal terão o mesmo comando, algo como: sudo apt install gimp, no entanto, mostrar um tutorial via interface vai depender da interface, fazer isso no KDE Plasmas, no GNOME, no Cinnamon, no Pantheon, no XFCE, todos tem pequenas diferenças, o que faz com que o processo de fazer um tutorial abrangente seja excessivamente trabalhoso.

Talvez a falta de uma "distro padrão" cause isso, por conta disso, quando um sistema se destaca ou tem foco no desktop, nós geralmente damos mais atenção, e por "nós", eu digo a mídia. Talvez seja importante os blogs e sites populares de Linux começarem a se preocupar em colocar tutoriais que envolvam o ambiente gráfico também, isso vai começar a passar a impressão correta sobre o Linux, onde só se usa o terminal quando se quer.
Em pleno 2017, mesmo no Linux, usar comandos é para quem quer. Basta escolher uma distro com foco no Desktop e você não terá esse "problema".
Eu realmente não sei de onde vem esse mito, ou melhor, não sei porque ele persiste; de onde vem eu até tenho uma ideia.
Logo no início do desenvolvimento do Linux e de sua evolução, entre 92 e 2004 aproximadamente, a necessidade da utilização do terminal era maior, de fato. Nestes primeiros 10 anos de existência as pessoas que utilizavam Linux geralmente eram entusiastas ou profissionais, como no mundo do servidores o Linux sempre foi uma ótima alternativa e em servidores geralmente não usam ferramentas gráficas (não da mesma forma que em desktops), então as distros acabavam tendo estes traços também.
Os ambientes gráficos ainda estavam começando a se desenvolver também. Mas como tudo, a distros Linux também evoluíram, é um erro tremendo pensar que tudo continua assim, isso seria o mesmo que pensar que o Windows possui as mesmas características dos seus primeiros 10 ou 15 anos de desenvolvimento.

Pra ser sincero, as distros com apelo ao Desktop real começaram a chegar em um ponto interessante em 2010, com o Ubuntu 10.04 e 10.10, Linux Mint 9 e 10, entre outras, com um belo salto de qualidade em 2012, em 2017, ainda há coisas para serem melhoradas (e sempre haverá), mas o ponto atual já pode ser considerado simples para o uso doméstico.
O Kernel Linux está com 26 anos praticamente hoje e muita água já rolou por debaixo dessa ponte, então vamos parar com isso e acabar com esse mito de uma vez por todas.

3 - Linux não tem programas o suficiente

Existem pessoas que vivem de criar barreiras e não pontes, fato. Essas sempre vão procurar algum problema para evitar recomendações, enquanto seria muito simples mostrar as várias opções que existem e quase com certeza, estas iriam atender ao público, ou a maior parte dele.
É complicado listar softwares porque uma lista assim seria quase infinita, mas certamente você encontra muitos aplicativos populares no mundo Linux que são multiplataforma e famosos no mundo Windows também. No mais, eu sempre digo para as pessoas se prenderem à funcionalidade do programa, não ao nome necessariamente.
Exemplo, você não precisa do WinRAR para abrir arquivos .rar, você precisa de um software que faça isso, você não precisa do PowerPoint, você precisa fazer apresentações, e existe uma infinidade de formas para resolver qualquer problema desses, um pesquisa básica no Google vai te revelar as opções (veja o vídeo acima, ele vai ajudar também).
Cada usuário tem necessidade diferentes, então, cabe a você e somente a você, a missão de avaliar se os softwares ou recursos que você quer estão no Linux. Nem sempre ter "um milhão" de opções para um mesmo software é sinal de qualidade, existem dezenas de navegadores de internet, mas a maior parte das pessoas só usa Chrome e Firefox, para citar apenas um exemplo, e ambos estão disponíveis para Linux (assim como Opera, Vivaldi, Chromium, Yandex, e muitos outros).

4 - Linux não tem jogos bons


E mais uma vez caímos no mérito de "bom e ruim", assim como já comentado, isso vai depender mais uma vez do seu gosto e dos games que você curte jogar. Eu conheço muitas pessoas apaixonadas por jogos, mas curiosamente, a maior parte delas lê, assiste e consume conteúdo sobre todos os lançamentos, mas dificilmente joga todos eles, seja pelo preço, ou pelo gosto mesmo, por preferir títulos específicos. Eu sou assim, gosto de ver reviews de todos os lançamentos praticamente, mas raramente jogo todos eles.
Linux possui atualmente uma ampla gama de títulos disponíveis, essa biblioteca é de fato inferior à do Windows, não há como negar, mas dependendo do que você curta jogar, pode ser um sistema para você, sem dúvidas.

Eu jogo muito no Linux (e no Windows também) e posso afirmar que biblioteca é muito bacana já e só tende a crescer, visto que games para Linux começaram a ser lançados em maior massa apenas em 2014 e o primeiro ano, ainda que frutífero, não se compara aos seguintes.

Sempre haverá aquele que vai dizer: "Ah, mas não tem tal jogo", e isso nunca vai ter fim, pois sempre haverá um game que não estará na plataforma, mesmo que Linux venha a ter 90% dos títulos que existem no Windows, ainda dirão que falta aquele ou aquele outro, acho que é tipo de coisa que não poderemos mudar, no entanto, uma nova plataforma para PC concorrente para o Windows faria bem para os consumidores em vários sentidos, concorrência desperta qualidade e seria ótimo poder economizar o dinheiro da licença do sistema operacional e gastar este valor em jogos, não é? É importante que incentivemos este mercado para o nosso próprio bem.


5 - Linux é apenas para servidores, não para Desktops

Quando alguém afirma isso devem escorrer muitas lágrimas dos milhares de desenvolvedores de KDE, GNOME, XFCE, MATE, Cinnamon, Deepin, Pantheon e tantas outras interfaces feitas justamente para operabilidade do sistema no Desktop.
Acho que existe ainda uma grande confusão de "qual é o propósito do Linux", pessoas dizem que o sistema serve para isso ou para aquilo.
O grande ponto aqui é: Linux não tem um propósito, quem dá o propósito é quem o utiliza para alguma coisa. O Kernel Linux é simplesmente feito para trabalhar com hardware, o que cada projeto que usa o Linux como base fará, dará a utilidade e o foco para ele.
A Google usa para o Android, a Canonical para fazer o Ubuntu, a Amazon usa em servidores, a Microsoft usa para virtualização, a Tesla usa em carros inteligentes e a minha mãe usa pra acessar o Facebook, então dizer que Linux "só" serve para algo em específico seria subestimar a criatividade de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Existem muitas pessoas que utilizam Linux em seus desktop corriqueiramente, eu mesmo estou escrevendo este artigo de uma distro agora mesmo.

Alguns outros mitos

Existem mais alguns mitos interessantes para abordarmos aqui, mas como eu já falei deles amplamente em outras oportunidades, vou deixar apenas as referências, espero que você possa conferir.
Atenção ao "ter vírus", isso não significa ser vulnerável equivalentemente, vide o Android, e atenção também para o fato de que popularidade não está relacionada a qualidade de segurança do sistema e o sim ao quanto ele é visado.

- Linux tem problema de suporte a hardware

 Eu participei de um bate-papo bem bacana no canal Peperaio Harware há algumas semanas para falar justamente disso, confira aqui.
Mesmo com todas essas informações, ainda haverão pessoas que não considerarão o Linux para o seu uso doméstico, empresarial ou pessoal e francamente, por mim tudo bem, não vejo problema algum em quem gosta de usar Windows, mas eu realmente acredito que esses mitos não sejam mais bons motivos para tal, simplesmente dizer "eu gosto mais de outro sistema" é melhor do que apontar esses "problemas", o que seria perfeitamente concebível.
Como plataforma, distros Linux geralmente grátis, mais seguras e com várias opções de customização, aparência e usabilidade, ou seja, testar ao menos é só uma questão de curiosidade e internet para fazer o download, praticamente não existem barreiras.
Até a próxima!
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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Anthony Garotinho deixa Bangu com festa de aliados e ataques a Cabral

Anthony Garotinho deixa Bangu com festa de aliados e ataques a Cabral

Ex-governador não usará tornozeleira, mas está impedido de deixar o país. Presidente do PR também saiu da cadeia; os dois foram beneficiados por decisão de Gilmar Mendes.

Por G1 Rio
 

Anthony Garotinho deixa a cadeia no Rio de Janeiro
O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho saiu do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste, às 20h30 desta quinta-feira (21). Ele foi beneficiado por uma decisão do ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Um grupo de cerca de 20 pessoas, incluindo a filha dele, Clarissa Garotinho (PRB), fez festa na porta do presídio. Após cumprimentos, beijos e abraços, ele conversou com jornalistas. "Nada vai mudar as minhas convicções", declarou.
Anthony Garotinho e a mulher, a também ex-governadora Rosinha Matheus, foram presos no mês passado por crimes eleitorais em uma ação da Polícia Federal. Os dois negam as acusações.
Rosinha já respondia em liberdade. Garotinho agora também responderá o processo em casa. Não precisará usar tornozeleira eletrônica, mas está impedido de deixar o país – precisou entregar o passaporte à Justiça.
Presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues (ao centro), também deixou a cadeia nesta quinta-feira (Foto: Reprodução/TV Globo)Presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues (ao centro), também deixou a cadeia nesta quinta-feira (Foto: Reprodução/TV Globo)
Presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues (ao centro), também deixou a cadeia nesta quinta-feira (Foto: Reprodução/TV Globo)

Presidente do PR solto

Gilmar Mendes também mandou soltar o ex-ministro dos Transportes e presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues. Alvo da mesma operação que Garotinho, ele chegou a ficar uma semana foragido, se entregou à Polícia Federal, e estava em Benfica. Na noite desta quinta, ele deixou o presídio sem falar com jornalistas.
Antonio Carlos é suspeito de negociar com o frigorífico JBS a doação de dinheiro oriundo de propina para a campanha do ex-governador em 2014.

Polêmicas na prisão

Garotinho foi preso inicialmente na Cadeia Pública José Frederico Marques, mas saiu de lá após denunciar uma suposta agressão. No mesmo local está preso o ex-governador Sérgio Cabral e os deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi. Todos são adversários políticos de Anthony Garotinho.
Ele prestou queixa em uma delegacia do Rio e foi transferido para o presídio de Bangu 8, na Zona Oeste da cidade. Em depoimento, ele contou que adormeceu e foi despertado por um homem de 1,70m, branco, alourado, de calça jeans, sapato e blusa azul claro, com um bastão parecido com um taco de beisebol.
Segundo Garotinho, o homem teria dito: “Você gosta muito de falar, não é?”. Ele relatou que logo depois, levou um golpe com o bastão no joelho.
O ex-governador contou, ainda, que o homem puxou uma pistola e disse: "Eu só não vou te matar para não sujar para o pessoal aqui do lado", apontando em direção à galeria onde estão os presos da Lava Jato.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou a existência de ferimentos no joelho e em um dos pés. As imagens de câmeras de segurança da unidade, no entanto, não mostraram nenhuma movimentação.
"A hipótese de edição nessas imagens é bem difícil, não vou dizer falaciosa. A resposta final será dos peritos", disse o delegado Wellington Vieira.
Ao ser questionado sobre a dificuldade de algum suposto agressor chegar até a cela, o delegado disse que a pessoa teria que passar por 12 portas. Anteriormente, alguns agentes penitenciários teriam falado em quatro portas.
"Na verdade, são mais de quatro portas. Eu contei 12 portas desde a portaria até a cela onde ele estava, que é a B4. Inclusive presos que estão na cela oposta vão ser inquiridos para que a gente consiga saber deles se os presos sentiram ou ouviram alguma coisa estranha", disse. Vieira ainda destacou que o sistema de segurança é bem feito que um possível agressor teria que passar por muitas barreiras até chegar a cela de Garotinho. O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Sérgio Côrtes e outros detentos também foram ouvidos sobre o caso.