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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Backdoor do WhatsApp

Grupo de pesquisadores e analistas de segurança se juntam contra matéria sobre "backdoor" do WhatsApp

Grupo de pesquisadores e analistas de segurança se juntam contra matéria sobre "backdoor" do WhatsApp
Grupo de analistas e pesquisadores de segurança disseram que as alegações sobre o WhatsApp são falsas
 Jornal britânico The Guardian modifica matéria que acusava WhatsApp de ter um backdoor
 Backdoor encontrado no WhatsApp permite a interceptação e leitura das mensagens
 WhatsApp recebe função de chamadas de vídeo
Semana passada, o jornal britânico The Guardian publicou uma matéria acusando o WhatsApp de ter colocado um backdoor, em seu serviço de mensagens, com a capacidade de interceptar as mensagens de seus usuários. A matéria foi publicada no SempreUpdate e pode ser lida clicando aqui.

Pois bem, um grupo de trinta analistas da área de segurança co-assinaram uma carta aberta pedindo que o jornal The Guardian se retratasse sobre a matéria, alegando que o aplicativo de mensagens WhatsApp contém um "backdoor".

"Infelizmente, sua história foi o equivalente a colocar ‘VACINAS MATAM PESSOAS’ em uma manchete mal contextualizada", escreve a acadêmica Zeynep Tufekci, que organizou a carta aberta.

A carta aberta alega que as afirmações do The Guardian servem apenas “para pôr em perigo as pessoas".

"Meu aviso serve para observar o que realmente está acontecendo desde a publicação desta história e anos de experiência nessas áreas", escreve Tufekci, acrescentando: "Vocês nunca deveriam ter relatado sobre uma questão tão crucial sem entrevistar uma vasta gama de especialistas.”

Ela também deu sua opinião sobre o relatório do The Guardian e as potenciais consequências para os usuários do WhatsApp em seu Twitter.
WhatsApp também rejeitou firmemente as afirmações do The Guardian sobre um "backdoor" em sua plataforma, dizendo que as alegações são falsas:"O WhatsApp não dá aos governos um ‘backdoor’ em seus sistemas e iriamos lutar contra qualquer pedido do governo para criar um backdoor. A decisão de design referenciada na história do The Guardian impede que milhões de mensagens sejam perdidas, e o WhatsApp oferece notificações de segurança às pessoas para alertá-las sobre possíveis riscos de segurança.”

Moxie Marlinspike, responsável pela implementação da criptografia end-to-end no WhatsApp, declarou que a matéria do The Guardian é "imprecisa". Um post do blog do Open Whisper Systems, empresa fundada por Moxie, diz:"Acreditamos que o WhatsApp continua sendo uma ótima opção para usuários preocupados com a privacidade do conteúdo de suas mensagens".

A matéria do jornal é baseada no relatório do pesquisador independente Tobias Boelter, que descreveu o problema como uma "vulnerabilidade de retransmissão" na maneira como o WhatsApp lida com as trocas de chaves quando uma mensagem não é entregue.

Boelter disse que informou o problema para a empresa responsável pelo WhatsApp, o Facebook, no momento em que descobriu o problema, mas foi informado de que era um "comportamento esperado".

WhatsApp afirmou que o processo de retransmissão de chaves é uma decisão de design - destinada a minimizar o risco de perda de mensagens no durante o trajeto, quando, por exemplo, alguém recebe um novo telefone ou troca seu SIM.

E o grupo de pesquisadores de segurança co-assinando a carta de Tufekci ao The Guardian evidentemente concordam que é uma característica e não um bug ou backdoor.
A carta aberta de Tufekci conta com as assinaturas do criptografo Bruce Schneier, de Isis Lovecruft do projeto Tor, do pesquisador de segurança Thaddeus T. 'Grugq', de Katherine McKinley da Mozilla, e do pesquisador e autor de segurança Jonathan Zdiarski.

Mas e ai? É um bug, vulnerabilidade, característica ou backdoor?

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