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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Serial killer pede perdão por mortes: "Não dá pra explicar, era uma raiva muito grande"


Suspeito confirma que foi abusado sexualmente por um vizinho quando criança
Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)
Atualizado em 17/10/2014 21:17:21
  
Thiago Henrique Gomes da Rocha é apontado como serial killer em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
(Foto: Reprodução/TV Anhaguera)
O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26 anos, acusado pelo homicídio de 39 pessoas em Goiânia, disse nesta sexta-feira (17) que queria pedir desculpas à mãe dele e às famílias das vítimas pelos crimes que cometeu. Ele não respondeu, em entrevista, se acha que é doente mental, mas disse que se arrepende dos seus atos e quer tratamento médico para se livrar de um "sentimento de raiva" que tem.
"Eu queria pedir perdão pelo que fiz. Acho que agora não adianta mais, mas gostaria de ter a chance de ser ajudado de alguma forma", afirmou o suspeito, que irá passar por uma avaliação psicológica na próxima segunda-feira (20).
Em entrevista exibida pela TV Globo, o suspeito de ser um serial killer confirma que foi abusado sexualmente por um vizinho quando criança. "Me forçaram, né, Me ameaçaram. Tinha 11 anos de idade (...) Nunca contei para ninguém isso. Fiquei na minha". Ele afirmou também que sofria bullyng na escola "por ser mais caladinho". "Não sei se isso tem relação com alguma coisa", diz. 
O vigilante disse que conversou com a mãe depois de ser preso e se desculpou pelos crimes. Ele não quis dar detalhes da reação da mãe, apenas balançando a cabeça. Ele disse que não sabe se tem uma doença. "Queria saber qual é (a doença) e se tiver cura também saber se eu posso ser curado ou não". Ele disse que tinha um sentimento incontrolável que o levava a praticar os crimes. "Não dá para explicar, era uma raiva muito grande", diz.
(Foto: Reprodução)
A polícia afirma que o serial killer assistia aos noticiários depois dos seus crimes para ter certeza de que tinha de fato matado as vítimas e saber os nomes das pessoas. Ele afirmava sentir remorso ao ver as reportagens. "Um sentimento de arrependimento".
Quando tomou conhecimento pela mídia da criação de uma força-tarefa para prendê-lo, Tiago disse saber que era questão de tempo ser preso. Em depoimento, ele confessou 39 mortes, incluindo mulheres, homossexuais e moradores de rua - ele assumiu 15 dos  17  crimes contra mulheres que levaram à criação da força-tarefa.
Somente dois dos crimes investigados pela força-tarefa não foram assumidos por Tiago: a morte de Danielly Garmus da Silva, 23 anos, e a tentativa de homicídio de Daiane Morais, 18 anos. Ele confessou no entanto outras duas mortes de mulheres que eram investigadas à parte.

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