Iminente lançamento do iPhone 6 coloca em xeque alguns discursos do saudoso CEO da Apple
por Marcelo Scharan - Quarta-feira, 06 de Agosto de 2014
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Em Outubro de 2010 o então CEO da Apple Inc, Steve Jobs, afirmou em uma conferência via telefone com acionistas que a empresa nunca faria um Tablet de 7”. Isso porque a Apple era uma empresa de software e você nunca poderia fazer um software se expressar corretamente em um aparelho de 7”, segundo Jobs o iPad, até então de 10”, era o tamanho perfeito. Steve também afirmou que um iPad menor teria um preço de entrada mais baixo e isso ia contra a sua estratégia.
Após a morte do ícone mor da Apple em Outubro de 2011, Tim Cook se vê em uma posição que nunca esteve antes. Agora ele é o CEO da empresa sem conselhos ou comentários de Steve Jobs. Em Outubro de 2011, 12 meses após o falecimento de Jobs, a Apple lança o produto que Steve disse que nunca fariam, uma versão menor do iPad.
Citando Cook no lançamento do produto, “Nunca faríamos um tablet de 7”, achamos que não são bons produtos”, realmente o iPad Mini é um produto não de 7” mas de 7.9”. A Apple nunca assumiria que estariam lançando um produto que seu co-fundador e ex-CEO tão euforicamente condenou. Tim Cook é experiente o bastante para entender que isso seria iniciar uma guerra com os “apple-maníacos” e fomentar a mídia mundial com especulações e matérias até o próximo lançamento.
Um ano após o lançamento do iPad Mini os números falaram por si mesmos. A versão mini do iPad da Apple já representava 17% de todo market share do iPad e segundo um estudo realizado pelo site Mashable o iPad Mini teria vendido mais unidades que o iPad 4a geração, lançado na mesma época. Além disso o iPad Mini teria representado 60% das encomendas de tablet da Apple para o último quarto de 2013.
A Apple se prepara para um mega evento em Setembro onde o mercado está esperando que a companhia anuncie não uma mas duas versões do iPhone com telas de 4.7” e 5.5”. Jobs afirmou inúmeras vezes, inclusive em sua biografia escrita por Walter Isaacson, que o iPhone já possuía o formato perfeito. Os outros telefones, segundo ele, eram muito grandes para se segurar com uma mão e extremamente desconfortáveis para a digitação de um texto. Os usuários discordaram.
O crescimento exponencial dos telefones com telas maiores foi de tal maneira que a empresa californiana está se vendo obrigada a lançar uma versão maior do seu aparelho, independente do que pensava seu fundador. Aparentemente na gestão de Cook números falam mais alto que idealismo. A rival Samsung não perdeu a vez e já iniciou seus famosos comerciais satirizando o lançamento de um novo iPhone. Dessa vez o alvo foi justamente o tamanho da tela do até então não revelado novo iPhone.
Com um possível estrondoso sucesso de vendas do novo aparelho o idealismo de Jobs pode começar a ser finalmente questionado até mesmo pelos “apple-maníacos” que foram acostumados a receberem em primeira mão novas tecnologias e inovações, eagora estão tendo que esperar às vezes até anos para ter o que já é considerado “padrão” no mercado de celulares.
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