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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ferrari bateu no muro e 'voou' sobre ponte, diz testemunha


 

Promotor de vendas falou ao G1 que veículo corria.
Dono de carro avaliado em R$ 2 milhões não foi localizado.

Kleber TomazDo G1, em São Paulo
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A Ferrari, avaliada em R$ 2,1 milhões que ficou destruída num acidente em São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (13), estava em alta velocidade e atravessou o vão entre duas pontes do Cebolão, segundo relatou uma testemunha ao G1. O trecho liga as marginais Pinheiros e Tietê.
“Acho que a Ferrari estava a uns180 km/h, 200 km/h. Bateu no muro e voou. Saltou da ponte onde estava para a ponte por onde eu passava com meu carro. O vão entre elas deve ter uns 15 metros, 20 metros. A Ferrari caiu a cerca de 50 metros a minha frente, derrubando um poste. Eu desviei e parei à frente para socorrer um casal que estava dentro. Em seguida, minha filha ligou para a Polícia Militar”, disse por telefone o promotor de vendas Laudelino Oliveira, de 56 anos.

Laudelino contou que voltava de Osasco, na Grande São Paulo, onde mora com a mulher. Ele levava a filha, que tinha ido à casa dele comemorar o Dia das Mães. “Tenho um Citroën C4. Estava a uns 70 km/h numa das duas pontes da alça de acesso que passa por cima da Marginal Pinheiros e vai sair na Marginal Tietê”.
Segundo o promotor de vendas, o impacto da capotagem foi tão violento, que ele achou que quem estava no veículo tivesse morrido.
“O que salvou o casal foram os airbags. Em princípio, achei que quem estava lá era famoso ou artista porque para ter um Porsche precisa ser rico. Mas não reconheci nenhum dos dois. Acho que eram ricos mesmo. Uma moça loira, de estatura mediana, calça bege e camisa social devia dirigir o veículo. Eu a ajudei a sair. Tinha um corte no supercílio, mas nada grave.Tanto ela quanto o homem que estava no banco do carona não pareciam bêbados. Ele é um sujeito moreno, estava com camisa social para fora da calça. Acho que a causa do acidente foi mesmo a velocidade alta da Ferrari, a motorista deve ter perdido o controle do carro quando fez alguma ultrapassagem”.

Com o impacto, dois pneus e algumas peças foram parar embaixo do viaduto. O veículo foi rebocado por um guincho particular. Até as 11h, o caso não havia sido registrado na Polícia Civil. Como se trata de um acidente sem vítima, não é preciso registrar boletim de ocorrência, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
O Grupo Via Italia, importador oficial da Ferrari no Brasil, vende o modelo 458 Spider, a versão conversível da 458 Italia, por R$ 2,1 milhões. O superesportivo é equipado com motor 4.5  V8 de 570 cavalos e 54 kgfm de torque e, assim, acelera de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos. A velocidade máxima é de 320 km/h. O câmbio é automatizado, de dupla embreagem e sete marchas, herdado dos carros de Fórmula 1.De janeiro a abril, só sete veículos deste modelo forma vendidos em São Paulo. A Ferrari acidentada foi registrada no dia 23 de abril. De janeiro a abril, o Grupo Via Italia havia vendido sete unidades do modelo 458 Spider.
Ferrari antes e depois (Foto: Divulgação e Edison Temoteo/ Futura Press/ Estadão Conteúdo)Ferrari antes e depois (Foto: Divulgação e
Edison Temoteo/ Futura Press/ Estadão
Conteúdo)
Apuração
A Polícia Militar informou que o Centro de Operações da PM (Copom) recebeu um telefonema para o número 190 sobre o acidente, na madrugada desta segunda-feira. A corporação informou ainda que o chamado havia sido feito por duas pessoas e que dois ocupantes do veículo não se feriram e deixaram o local antes da chegada do socorro da PM.  

O Corpo de Bombeiros foi acionado para ir até o local. Segundo os bombeiros, as vítimas foram socorridas por pessoas que estavam no local, com ferimentos leves.
Segundo testemunhas, o motorista e uma mulher saíram do carro sem ferimentos e foram embora. Uma testemunha disse à reportagem do Bom Dia São Paulo que a mulher dirigia o veículo, uma figura pública, mas não informou quem seria. Outra, porém, informou que foi um homem quem conduzia a Ferrari.
O veículo está registrado no nome de uma empresa do ramo imobiliário de São Bernardo do Campo, no ABC. O endereço informado no boletim de ocorrência da Polícia Rodoviária Estadual, porém, é de um imóvel residencial. Na busca das companhias telefônicas, o telefone da empresa não é autorizado a ser informado. Há registro de site da empresa na internet, mas o site ainda não está no ar, segundo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (Nic.br) .
A reportagem conseguiu falar na casa do empresário que estava na Ferrari. Um funcionária informou apenas que ele passava bem e que não queria conversar sobre o assunto.
G1 procurou a Secretaria da Segurança Pública do Estado de SPl que informou que, até as 12h, o caso não havia sido registrado pela Polícia Civil nas delegacias da região do acidente - 23º Distrito Policial, Perdizes, e 91º DP, Ceasa. Como se trata de um acidente sem vítima, não é preciso registrar boletim de ocorrência, segundo policiais civis. A PM, entretanto, informou que o caso foi registrado pela Polícia Rodoviária como acidente de trânsito sem vítimas. Até as 11h44, a corporação não havia informado quem era o dono do veículo, quem dirigia, placa e modelo da Ferrari, e as causas do acidente.

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