Mais de 200 agentes buscam quadrilha que atua em postos de vistoria.
Até as 11h, 38 pessoas haviam sido presas.
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Agentes
em operação conjunta realizam a operação Asfalto Sujo, que visa
capturar integrantes de uma quadrilha que atua em pelo menos quatro
postos do Detran (Foto: Urbano Erbiste/Agência O Globo)
Segundo a Polícia Civil, foram expedidos 41 mandados de prisão contra funcionários, ex-funcionários, despachantes e zangões (despachantes não oficiais), que, de acordo com a denúncia, recebiam propina para realizar vistorias de licenciamento anual, transferências de propriedade de veículos e emissão de documento de maneira irregular. Além disso, a ação visa cumprir 67 mandados de busca e apreensão nos postos.
Segundo o Ministério Público, entre os denunciados estão o policial militar, João Acácio Filho,que era o chefe do Posto de Campos dos Goytacazes, e o subchefe do Posto de Itaboraí .
Além dos 41 denunciados pelo crime de formação de quadrilha e corrupção, outras dez pessoas vão responder por crimes isolados. Ao todo, o MP decidiu afastar 47 funcionários do Detran e despachantes públicos registrados.
Os agentes procuram os suspeitos desde as 6h no Rio de Janeiro, em Itaboraí, São Gonçalo, Niterói e Tanguá, na Região Metropolitana, em Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu, na Região das Baixadas Litorâneas, em Magé e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em Campos e São Fidélis, no Norte Fluminense, e Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense.
InvestigaçõesAs investigações começaram há cerca de seis meses, após denúncia de que a quadrilha agia desde julho de 2009 e tinha lucro mensal em torno de R$ 200 mil, com fraudes como a "vistoria fantasma". No golpe. documentos referentes a vistorias de veículos eram emitidos sem que fossem levados ao posto do Detran. Além disso, os criminosos realizavam vários outros crimes.
Segundo o Globo Notícia, fotos mostram documentos apreendidos dentro do carro da chefe de um dos postos do Detran. De acordo com a polícia, ela mandava queimar documentos legalizados para eliminar provas.
A quebra de sigilo telefônico dos investigados foi quebrado, conforme autorização da Justiça, e foram monitoradas 60 dias de ligações. Com essa prática, foi constatado que os envolvidos no esquema recebiam propina que variava entre R$ 50 e R$ 1,2 mil para fazer vista grossa em vistorias.
Integrantes da Operação Asfalto Sujo apresentam fotos dos detidos (Foto: Matheus Giffoni/G1)
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