25/09/2012 09h20
- Atualizado em
25/09/2012 11h35
Segundo secretaria, Ricardo Barbosa teve uma fratura na falange.
Dezesseis feridos foram levados para três hospitais da cidade, nesta terça.
82 comentários
Trem bateu em pilastra na estação Madureira; pelo menos 16 pessoas ficaram feridas (Foto: Celso Barbosa/Futura Press/AE)
Um homem, identificado como Ricardo Barbosa, de 60 anos, perdeu parte do dedo do polegar da mão direita após um trem do ramal de Japeri,
na Baixada Fluminense, descarrilar na manhã desta terça-feira (25). As
informações foram confirmadas pela sala de polícia do Hospital Carlos
Chagas, para onde a vítima foi levada. O acidente ocorreu na estação de
Madureira, no subúrbio. A composição seguia para a Central do Brasil.No entanto, segundo a Secretaria estadual de Saúde, Ricardo sofreu uma fratura na falange no dedo polegar. Ele passou por uma primeira avaliação no Carlos Chagas e, em seguida, foi transferido para o Hospital estadual Albert Schweitzer. Por volta das 10h23, o paciente estava sendo avaliado pela equipe de ortopedia da unidade.
saiba mais
De acordo com o Corpo de Bombeiros, dezesseis pessoas tiveram ferimentos leves
e foram levadas para hospitais da região. Anteriormente, os bombeiros
confirmaram que dez pessoas tinham ficado feridas no acidente. No
entanto, segundo a corporação, o número de vítimas aumentou por volta
das 8h40.
Trem bateu em uma pilastra nesta terça-feira (25)
(Foto: Alessandro Costa/ Agência O Dia/AE)
Sete vítimas foram levadas para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal
Hermes, no subúrbio, cinco encaminhadas para o Salgado Filho, no Méier,
na Zona Norte e quatro para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo,
na Zona Oeste da cidade.(Foto: Alessandro Costa/ Agência O Dia/AE)
Em nota, a SuperVia, concessionária que administra o transporte, informou que por medida de segurança, um dos acessos à estação Madureira foi interditado. (Veja a íntegra da nota ao final desta reportagem).
Segundo a concessionária, devido ao acidente, a circulação no ramal de Japeri operava com 30 minutos de atraso por volta das 9h10 desta terça. A viagem no ramal de Deodoro, no subúrbio e Santa Cruz, na Zona Oeste, também estava com atrasos no mesmo horário.
Uma equipe técnica da SuperVia está local para fazer o reparo necessário. A composição será levada para o pátio de manutenção.
'As pessoas começaram a passar mal', contou recepcionista que estava no trem
“É horrível ver tudo sacudindo, as pessoas caindo e não poder fazer nada. Quando o trem começou a tombar e bater nas pilastras, as pessoas começaram a gritar. Depois, quando o trem parou, muitas pessoas começaram a passar mal. As portas não abriam e foram os próprios passageiros que tiveram que forçar para abrir. Foi um horror", contou Lainara, que estava a caminho do trabalho no momento do acidente.
Outra passageira que estava na composição, Silvania da Silva relatou ao G1 que o acidente só não foi pior porque o trem estava com velocidade baixa. "O trem estava lotado, mas a sorte foi que já estava em baixa velocidade, pois estava chegando à estação. Se estivesse no meio do percurso, não gosto nem de imaginar o que teria acontecido", disse Silvana, que acrescentou ainda que já presenciou outros acidentes de trem:
"Há um certo tempo aconteceu a mesma coisa, mas foi pior, pois o trem estava no meio do percurso, entre duas estações. Muitas pessoas se feriram. Além dos riscos, todo dias os vagões estão superlotados e extremamente quentes", completou.
Após sair do Hospital Carlos Chagas, Pedro Luis Barreto, 57 anos, que também estava no trem, contou que achou que todo mundo fosse morrer. "Ouvimos um barulho na estção de Oswaldo Cruz e na estação de Madureira foi aquele tumulto depois do acidente. Pensei que ia tudo pegar fogo e todo mundo morrer ali. Era muita fumaça", disse Pedro, que foi submetido a um eletrocardiograma, exame de sangue e recebeu medicação porque a pressão arterial subiu.
Vistoria do CreaAgentes de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ) fazem por volta das 11h20 uma vistoria na composição que decarrilou e nas pilastras da estação de Madureira. Ainda nesta terça, os agentes vão fazer um relatório e enviar para a sede do Crea.
Leia na íntegra a nota da SuperVia
"A SuperVia informa que, por medida de segurança, um dos acessos à estação Madureira foi interditado. Apenas a entrada próxima ao viaduto Negrão de Lima está liberada para embarque e desembarque. Uma equipe de engenheiros da concessionária está no local para realizar vistoria. Os técnicos permanecem com os trabalhos na via realizando os reparos na infraestrutura. A concessionária informa que já instaurou uma comissão interna para apurar as causas do acidente e o laudo será concluído em até 30 dias".
Estrutura do trem ficou amassada após descarrilamento nesta terça-feira (25) (Foto: Janaína Carvalho/G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário