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sexta-feira, 22 de julho de 2011


Nove empresas vão fabricar tablets no Brasil

Redução dos impostos deve baratear preço de aparelhos em 36%


Foto: Elza Fiúza/Abr
"acho que as vendas vão ‘bombar’", Paulo Bernardo














Das agências Estado e O Globocorreio24horas@redebahia.com.br

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou ontem que nove empresas já estão cadastradas para produzir tablets no Brasil, com os incentivos tributários proporcionados pela inclusão do equipamento na chamada Lei do Bem.  Os benefícios incluem a isenção de PIS e Cofins e a redução em 80% da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Segundo o ministro, as medidas  farão com que os aparelhos cheguem às lojas até 36% mais baratos. Atualmente, o tablet não sai por menos de R$ 1 mil.

As informações foram divulgadas durante o Bom Dia, Ministro, programa de rádio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo Bernardo, algumas empresas devem começar a fabricar o produto já em agosto aqui no país, o que deverá provocar um salto grande no consumo.
“Algumas empresas já começarão a produzir os tablets em agosto. Como se trata de um aparelho muito ambicionado pelo consumidor, que está com bom poder aquisitivo, acho que as vendas vão ‘bombar’ no fim do ano”, disse.
Em maio, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, havia afirmado que 12 empresas tinham manifestado interesse em produzir tablets no Brasil. Além da chinesa Foxconn, responsável pela montagem do iPad, da Apple, as outras 11 empresas eram, conforme o ministro, Positivo, Envision, Motorola, Samsung, LG, Itautec, Sanmina, Compalead, Semp Toshiba, AIOX e MXT.
Na época, Mercadante afirmou que o Brasil estava perto de entrar para um seleto grupo de quatro países capazes de fabricar telas de LCD sensíveis ao toque. “É questão de tempo. E se depender de mim, isso é para ontem”, relatou.
A ideia inicial era de que a produção do eletrônico no país começasse este mês, mas o plano foi alterado por conta de problemas de infraestrutura na fábrica da Foxconn em Jundiaí, no interior de São Paulo, e da falta de mão de obra qualificada. Paulo Bernardo informou ontem que a presidente Dilma tem cobrado que os programas tenham a preocupação com a produção de conteúdo nacional, que é um dos objetivos prioritários do governo.
ImpostosHá dois meses, o governo publicou no Diário Oficial da União a Medida Provisória nº 534, que incluiu os tablets na chamada Lei do Bem. A regulamentação era um dos passos aguardados dentro do acordo entre o governo federal e a iniciativa privada para produção dos equipamentos no Brasil.
Depois da publicação da lei, alguns estados já avançaram no intuito de oferecer benefícios fiscais às empresas dispostas a fabricar o aparelho em seu território. Na terça-feira, o Diário Oficial de São Paulo trouxe a publicação do Decreto nº 57.144, que beneficia a produção de tablets com desoneração da carga tributária de 7% do ICMS nas operações realizadas no estado, além do crédito de 7% na saída do produto.

Segundo o ministro, produto deve chegar às lojas 36% mais barato
Banda larga popular pode ser mais barata até 2014Com maior quantidade de tablets no Brasil e mais demanda por internet, a concorrência poderá reduzir os preços da banda larga até 2014, para um valor abaixo de R$ 35, acredita o ministro Paulo Bernardo. Ele disse que somente 27% dos domicílios contam atualmente com internet no país e a proposta é chegar a 70%. Porém, Bernardo descartou que a banda larga chegue a ser um serviço gratuito, uma vez que “isto não vai ser uma regra, porque nem a água é, as pessoas pagam uma taxa”.  Ele lembrou ainda que ficou acertado que o reajuste será anual, pelo mesmo índice usado para a telefonia fixa. 
As empresas começarão a ofertar o serviço de banda larga no final de setembro. Bernardo destacou ainda a necessidade de investir em redes de fibra ótica para acompanhar o crescimento da banda larga no país, o que deve custar aproximadamente R$ 7 bilhões.

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