Por Alan César Correa|Colaborador do The Christian Post
A denúncia foi feita por um de seus sócios, o pastor Donizetti Francisco Pereira, que resolveu quebrar o silêncio procurando a Revista ISTOé para contar o caso. Segundo ele, o Bispo Manuel Ferreira tinha passado a figurar como sócio oculto da Faculdade Evangélica de Brasília.
Em 25 de junho de 2007, a faculdade teve um novo contrato de sociedade, onde 45,5% pertencia ao empresário Ricardo Pereira e o restante 53,5% pertencia a Conamand (Convenção Nacional Das Assembléias de Deus no Brasil) a qual o presidente é o Bispo Manoel Ferreira.
A Faculdade se tornou um lucrativo negócio para o bispo, da qual ele teria demitido funcionários sem pagar direitos trabalhistas, sonegado milhões de reais em impostos federais e dado um golpe nos próprios sócios.
“Fui apunhalado pelas costas”, declarou Pereira que diz ter tentado entrar em contato com o bispo para entrar em um acordo. Segundo ele, outros sócios e professores são vítimas. Há dezenas de professores demitidos sem receber seus direitos trabalhistas.
“Alguns sequer tiveram seus salários depositados no mês em que saíram da Faculdade”, afirmou. “Não sou a única vítima dele, só que os outros sócios e professores têm medo de represálias”, diz.
Os documentos reunidos pastor Donizetti Pereira sugerem que Manoel Ferreira tem muito mais problemas além desse. A faculdade com 6 anos apenas de existência e já coleciona 140 ações trabalhistas, 18 ações de execução judicial que passam R$ 1,6 milhões de reais e muitas outras dívidas.
Donizetti diz ele mesmo ter recebido quatro cheques de R$ 50 mil por conta da venda de suas cotas na sociedade, mas quando foi sacar, eles já tinham sustado os cheques.
“Eu recebi quatro cheques de R$ 50 mil por conta da venda das minhas cotas na sociedade. Quando fui sacar, eles sustaram os cheques”, afirmou o pastor Donizetti Ferreira, que retirava mensalmente um pró-labore de R$ 3 mil.
O pastor revelou ainda que a Faculdade Evangélica não depositou o FGTS e o INSS dos funcionários, e recentemente foi multada pela Receita Federal em cerca de R$ 2 milhões por sonegação.
A revista ISTOé por sua ética, procurou o bispo Manoel Ferreira para ouví-lo porém ele não retornou o contato.
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