10/04/2011
Atualizado: 9/4/2011 0:15
| U2 no Brasil: Bono lembra vítimas do massacre em escola, Muse fazem primeira parte | |
| Ontem (9 de abril) em São Paulo, os U2 atuaram no Estádio Morumbi, perante 90 mil pessoas. Saiba mais e veja vídeos do concerto. | |
| No primeiro concerto da 360º Tour em São Paulo, os U2 atuaram no Estádio Morumbi, ontem (9 de abril), perante 90 mil pessoas, noticia a imprensa brasileira. De acordo com o Folha de São Paulo, Bono aproveitou para lembrar as vítimas do massacre do Rio de Janeiro ; esta semana, um ex-aluno entrou numa escola matando 12 crianças a tiro, antes de se suicidar. Bono pediu aos espetadores que levantassem os seus isqueiros e telemóveis, em honra das crianças mortas, cujos nomes foram projetados no ecrã. O mesmo jornal destaca a grandiosidade do espetáculo, durante o qual Bono puxou para o palco uma jovem fã, para ler a letra de "Carinhoso", de João de Barro e Pixinguinha, e fez as habituais menções à ativista Mianmar Aung San Suu Kyi e ao sul-africano Desmond Tutu. Na primeira parte do concerto estiveram os Muse. Escreve o Folha de São Paulo: "O chamativo palco em forma de garra, uma colossal estrutura de aço de quase 30 metros de altura, foi iluminado às 20h [pelos] Muse (...). E, se uma presença tão ambiciosa quanto a do trio londrino está no convite da festa, você só pode ser [os] U2 para convocá-los. Alguém grande o bastante para fazer a característica épica das apresentações [dos] Muse parecer ínfima, longe de comparações". "Ao vivo, Matt Bellamy mostra que está marcando presença nas aulas de megalomania [dos] U2", pode ler-se na reportagem do concerto dos Muse. "Nos 45 minutos que estiveram no palco, a banda mostrou um show meio heavy metal, meio ópera com todo excesso do rock and roll, refletindo as incursões no caos do universo e do apocalipse onde mergulha o líder [dos] Muse". Os U2 darão mais dois concertos no mesmo estádio de São Paulo, preparando-se para bater o recorde de maior digressão da história, até agora pertencente aos Rolling Stones, com a tournée A Bigger Bang, entre 2005 e 2007. |
Atualizado: 9/4/2011 0:15
O gigante chegou

A turnê mais tecnologicamente avançada da história chega hoje ao Brasil
para três shows esgotados sob o comando de Bono, Edge, Larry e
Adam, os irlandeses que definem, desde as turnês dos anos 90, o padrão
das superproduções de arena no mundo do rock. U2 360°, que a banda
tocará do centro do Morumbi para um público que vai se beneficiar de
uma visão igualmente distribuída para todos os lados, trata-se de um Avatar
da indústria musical. Técnicas de palco tiveram de ser desenvolvidas para
realizar os shows, que são feitos sob uma aranha gigante de 400 toneladas
e tem ainda uma tela de LCD circular e quatro sistemas de som que disparam
em todas as direções.
'É de longe o maior palco já montado e será a maior turnê de todos os tempos.
A ideia veio ao fim da turnê Vertigo, em 2006. Bono caminhava pelo estádio
Aloha de Honolulu com o designer Willie Williams, e perguntou: 'será que
conseguimos tocar em volta do estádio inteiro?'', conta o diretor da turnê
Craig Evans, que já trabalhou com os Rolling Stones, Paul McCartney e
Meatloaf. 'A ideia se concretizou algum tempo depois, quando eles estavam
jantando. Bono juntou quatro garfos em cima de seu prato e mostrou para Willie',
explica.
A ideia veio ao fim da turnê Vertigo, em 2006. Bono caminhava pelo estádio
Aloha de Honolulu com o designer Willie Williams, e perguntou: 'será que
conseguimos tocar em volta do estádio inteiro?'', conta o diretor da turnê
Craig Evans, que já trabalhou com os Rolling Stones, Paul McCartney e
Meatloaf. 'A ideia se concretizou algum tempo depois, quando eles estavam
jantando. Bono juntou quatro garfos em cima de seu prato e mostrou para Willie',
explica.
A partir daí, foram dois anos de planejamento. Engenheiros, designers e peritos
em som e vídeo foram contratados para desenvolver o projeto. 'Em qualquer outra
turnê, o sistema de telas é feito para tocar para frente, só. O sistema do 360 é
montado em cima do palco e teve de ser conectado de maneira que aparente
uma tela circular contínua. Então a visão é igualmente vantajosa para todos,' conta.
em som e vídeo foram contratados para desenvolver o projeto. 'Em qualquer outra
turnê, o sistema de telas é feito para tocar para frente, só. O sistema do 360 é
montado em cima do palco e teve de ser conectado de maneira que aparente
uma tela circular contínua. Então a visão é igualmente vantajosa para todos,' conta.
Para dar a volta ao mundo com um esquema deste porte, o U2 tem três palcos
que se revezam. Enquanto um está montado, outro está sendo desmontado e um
terceiro está a caminho do próximo show. Tudo funciona como um relógio sob
a batuta de Evans, que é responsável por 240 profissionais, 209 caminhões
e motoristas e ainda contrata mão de obra local para auxiliar na montagem dos
palcos faraônicos.
que se revezam. Enquanto um está montado, outro está sendo desmontado e um
terceiro está a caminho do próximo show. Tudo funciona como um relógio sob
a batuta de Evans, que é responsável por 240 profissionais, 209 caminhões
e motoristas e ainda contrata mão de obra local para auxiliar na montagem dos
palcos faraônicos.
No Morumbi, conta Craig, a operação foi mais complicada, pois o estádio
não possui um túnel que abrigue um dos 209 caminhões que viajam com
as estruturas. Tudo teve de ser desmontado fora do estádio e empurrado
para dentro.
não possui um túnel que abrigue um dos 209 caminhões que viajam com
as estruturas. Tudo teve de ser desmontado fora do estádio e empurrado
para dentro.
Para o 360 tour, o U2 quis beneficiar os fãs mais assíduos. Como o palco é
circular, não há a tradicional área VIP, presença constante em todos as
apresentações desta nova era de grandes shows no País. Os primeiros 2,800
fãs terão o privilégio de assistir ao show do gramado, aos pés do palco de três
metros de altura. Quem quis pagar mais para ficar próximo, em uma área mais
confortável, assistirá da Red Zone. É uma área VIP, mas todo o lucro beneficiará
instituições de caridade. 'Isto acontece desde a Vertigo', explica a fã Vanessa
Almeida, que está acampada em frente ao estádio desde terça-feira para garantir
o primeiro lugar da fila. 'Eu acho que o U2 quer lucrar mas eles fazem isso por
amor também', completa.
circular, não há a tradicional área VIP, presença constante em todos as
apresentações desta nova era de grandes shows no País. Os primeiros 2,800
fãs terão o privilégio de assistir ao show do gramado, aos pés do palco de três
metros de altura. Quem quis pagar mais para ficar próximo, em uma área mais
confortável, assistirá da Red Zone. É uma área VIP, mas todo o lucro beneficiará
instituições de caridade. 'Isto acontece desde a Vertigo', explica a fã Vanessa
Almeida, que está acampada em frente ao estádio desde terça-feira para garantir
o primeiro lugar da fila. 'Eu acho que o U2 quer lucrar mas eles fazem isso por
amor também', completa.
209
caminhões viajam com a banda
240
profissionais envolvidos
400
toneladas é o peso da 'aranha'
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