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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Bovespa volta a fechar em queda, após 2 altas seguidas

0/07/2015 17h18 - Atualizado em 30/07/2015 17h23


Ibovespa, principal indicador da bolsa, recuou 0,69%, a 49.897 pontos.
Bolsa foi pressionada pela queda queda de ações de bancos e da Vale.

Do G1, em São Paulo
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a fechar no vermelho nesta quinta-feira (30), após duas altas seguidas, com Bradesco e Vale entre as maiores pressões negativas, em sessão marcada por noticiário corporativo intenso e com investidores também atentos à sinalização do Banco Central de que o ciclo de aperto monetário acabou.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, recuou 0,69%, a 49.897 pontos. Veja cotação
A Embraer liderou as baixas do dia, com desvalorização de mais de 5%, após revisar para baixo previsão para receita em 2015.
As ações da Vale, que chegaram a subir mais de 4%, inverteram a direção e caíram cerca de 4%. Pela manhã, a empresa divulgou um forte lucro no segundo trimestre e, em seguida, venda de participação na subsidiária MBR por R$ 4 bilhões. O BTG Pactual disse que a primeira leitura do balanço foi de resultado operacional forte, com os analistas destacando positivamente controle de custos.
Bradesco também teve queda, após a divulgação de lucro de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre. A corretora Brasil Plural avaliou que a rentabilidade continua em um nível forte, mas o "problema é a inadimplência e as provisões que também estão crescendo".
Santander também recuou, acompanhando o declínio no setor bancário, mesmo após o lucro saltar no segundo trimestre, influenciado por uma reversão de provisão tributária bilionária no período.
As ações preferenciais da Petrobras caíram cerca de 2%.
Indicação de fim do ciclo de aperto monetário
Os investidores também digeriam nesta sessão a sinalização de que o Banco Central pode ter encerrado o atual ciclo de aperto monetário após elevação de 0,50 ponto percentual (p.p.) nos juros básicos, a 14,25%, na véspera.
Na noite de quarta-feira, o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central decidiu elevar a Selic para 14,25%. Foi a sétima elevação seguida da taxa, que atingiu o maior patamar desde julho de 2006, ou seja, em nove anos – quando estava em 14,75% ao ano.
"A sinalização mais relevante foi o encerramento do ajuste contracionista", disse o analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, em nota a clientes.
Ponderando sobre a necessidade da conquista da credibilidade na condução da politica monetária, do peso da inflação nos negócios, além de ser um "mal" necessário na atual conjuntura,ele disse que o atual nível de juros é "predador" à bolsa.
"É muito difícil para o mundo corporativo, as empresas, alcançarem retornos em seus investimentos que superem uma Selic de 14,25% ao ano", disse, também citando que encarece o crédito e desencoraja o investimento e o consumo.
Na véspera, a Bovespa fechou em alta de 1,78%, a 49.601 pontos, pondo fim a uma série de sete quedas consecutivas.
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