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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Hugo Barra explica como Xiaomi mantém preços baixos


Lucas Agrela, de INFO Online
São Paulo - O brasileiro Hugo Barra, ex-vice-presidente do Android no Google e atual vice-presidente internacional da Xiaomi, explicou em uma entrevista ao TechCrunch como a fabricante de smartphones consegue manter os preços de seus produtos abaixo da média de concorrentes como Samsung e Apple.
Segundo Barra, para tornar isso possível, a empresa combina um pequeno portfólio de aparelhos (são duas famílias de celulares) com a estratégia de um longo ciclo de venda de cada modelo.
A maioria dos smartphones da Xiaomi permanece no mercado por um período de 18 a 24 meses, passando por três ou até quatro cortes de peços.
O Mi 2 e o Mi2s, que são, essencialmente, o mesmo produto, são bons exemplos disso: os gadgets estiveram à venda ao longo de 26 meses.
Outro caso de um longo intervalo de renovação de linha de produtos é o Redmi 1, lançado em setembro de 2013, que ganhou sua segunda edição 16 meses depois, o Redmi 2.
Barra explica que isso é importante para que a Xiaomi consiga contratos melhores com a sua cadeia de fornecedores, já que precisará dos componentes vendidos por elas por um tempo acima da média.
A Sony, por exemplo, renova sua linha de smartphones e tablets semestralmente, enquanto a Samsung lança diversas linhas de produtos que nem sempre sobrevivem.
"A razão pela qual nós cortamos os preços dos aparelhos é porque nós conseguimos negociar cortes de custos de componentes [com nossos fornecedores] ao longo do tempo, o que acaba nos deixando com uma margem maior do que gostaríamos de ter, então, reduzimos os preços", disse Barra.
"A maioria dos componentes [nos nossos dispositivos] ainda são os mesmos, então, em termos de fornecimento e fontes de componentes, estamos com os mesmos contratos que tínhamos com o Redmi 1, o que significa que estamos conseguindo os mesmos descontos nos componentes", declarou o vice-presidente global da Xiaomi.
No ano passado, a Xiaomi ultrapassou a Samsung e tornou-se a empresa que mais vende smartphones na China, um dos maiores mercados do mundo. A fabricante vendeu 61 milhões de aparelhos em 2014.
A Xiaomi deve chegar ao mercado brasileiro neste ano e o smartphone Redmi Note foi recentemente homologado pela Anatel.

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