17/01/2015 07h15
- Atualizado em
17/01/2015 14h49
Imagens de TV local mostraram parentes deixando a penitenciária.
Marco Archer deve ser fuzilado às 15h de sábado (domingo na hora local).
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Marco Archer é instrutor de voo livre e foi preso ao tentar entrar na
Indonésia, em 2004, com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma
asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto
Internacional de Jacarta. O brasileiro conseguiu fugir do aeroporto, mas
foi preso duas semanas depois. A Indonésia pune com pena de morte o
tráfico de drogas.Além de Marco Archer, outro brasileiro aguarda no corredor da morte da Indonésia, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, também por tráfico de cocaína. Nesta sexta-feira (16), a presidente Dilma Rousseff fez um apelo por telefone ao governante da Indonésia, Joko Widodo, para poupar a vida dos brasileiros condenados à morte, mas não foi atendida.
Widodo respondeu que não poderia reverter a sentença de morte imposta a Archer, “pois todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia e aos brasileiros foi garantido o devido processo legal”, segundo nota da Presidência.
O assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, informou que o governo brasileiro pediu ajuda ao Papa Francisco contra a condenação à morte do brasileiro. “Fiz chegar à representação da Santa Sé no Brasil um pequeno dossiê sobre o caso e me foi assegurado que isso seria enviado à Secretaria de Estado do Vaticano para que sua Santidade pudesse interceder em favor de uma atitude de clemência do governo indonésio”, disse.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou uma carta ao chefe do Ministério Público da Indonésia para pedir que o governo daquele país adie por oito semanas a execução do brasileiro Marco Archer, condenado à morte por tráfico de drogas.
Segundo a PGR, o adiamento por oito semanas daria ao Ministério Público do Brasil e ao da Indonésia um tempo mínimo para tentar uma cooperação entre os dois países que alivie a situação dos brasileiros e também leve a um acordo mais amplo para solução de futuros casos semelhantes.
Marco Archer dentro da cadeia na Indonésia (Foto: Rogério Paez/Arquivo pessoal)
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