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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Maranhão adota software que permite cruzar dados de detentos


Portal Terra

Uma equipe de técnicos da Secretaria de Administração Penitenciária do Paraná presente em São Luís (MA) desde a última quarta-feira concluiu nesta madrugada o trabalho de gerenciamento de informações de presos alocados em cadeias públicas do Maranhão, além do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
De acordo com a secretária que chefia a pasta no Paraná, Maria Tereza Uille Gomes, o software apresentado, chamado “Business Inteligence” e adotado lá há pouco mais de dois anos deverá facilitar o controle e o acompanhamento de processos dos presos. A proposta é que o sistema seja abastecido e acessado pelos poderes Executivo e Judiciário, além de Ministério Público e Defensoria Pública.
“A ferramenta não é a solução dos problemas do sistema carcerário, mas, ao importar dados e cruzá-los, vai permitir uma visão gerenciada do todo e facilitar, por exemplo, o trabalho dos mutirões carcerários”, disse Maria Tereza.
Esta semana, um mutirão do tipo começou a analisar os processos dos mais de 1,5 mil presos provisórios de Pedrinhas; cerca de metade desse número é de processos da capital.
Pelo software, é criado um sistema que permite ao gestor verificar os dados pessoais do preso, a unidade em que está lotado e qual a situação de seu processo - em Pedrinhas, por exemplo, há presos cujas penas já deveriam ter progredido para o regime semiaberto, mas que seguem como regime fechado. O sistema fará o cruzamento também com os habeas corpus concedidos pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA).
Por outro lado, a secretária paranaense destacou que as atribuições do conselho penitenciário do Maranhão “precisam ser revistas”, para que o software ofereça, de fato, resultados.
Pelos números da secretaria paranaense, no Estado, a superlotação carcerária caiu de 11 mil para 3 mil presos nos últimos anos, com a adoção do gerenciamento do sistema. Atualmente, a população total de presos em território paranaense é de pouco mais de 28 mil pessoas -quase sete vezes os mais de 4 mil do sistema carcerário maranhense.

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