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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Milicianos presos no Rio tinham rendimento mensal de até R$ 400 mil

31/10/2013 16h08

Redação SRZD

Central de TV clandestina foi achada por agentes. Foto: DivulgaçãoPoliciais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) realizaram, nesta quarta-feira, uma operação para prender milicianos que atuam em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ao todo, dez pessoas foram presas acusadas de envolvimento em agiotagem, convênio com o jogo do bicho e associação com traficantes de drogas. O rendimento do esquema chegava a R$ 400 mil por mês.
Segundo o delegado Alexandre Capote, quem não seguisse o esquema poderia ser morto pelos criminosos. "Eles seguem um padrão de milícia, mas com apetite mais voraz. Quem não aceita suas ordens recebe ameaça, uma espécie de aviso. Depois, esta pessoa pode ser perseguida e morta", explicou.
A quadrilha, conhecida como "Família É Nós", em referência ao ex-vereador da cidade Jonas Gonçalves da Silva, o Jona É Nós, atuava desde 2007 em diferentes bairros de Duque de Caxias. Pantanal, Parque Fluminense, Parque Muísa, São Bento, Pilar, Vila Rosário, Vila São José, Parque Suécia, Lote XV, Sarapuí, Vila Guaíra, Jardim Leal e Gramacho sofriam com as atuações dos criminosos.
A 2ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias expediu 23 mandados de prisão preventiva, sendo sete para policiais militares, um para um ex-policial civil, dois para fuzileiros navais e cinco para ex-policiais militares.
Os dez presos nesta quarta foram: Fábio Delfino de Oliveira, Eder Fabio Gonçalves da Silva, o "Fábio É Nós", Samuel Felipe Dantas de Farias, Jonas é Nós, Fábio Grama Miranda, Jorge Luiz Moreira de Souza, José Gomes da Rocha Neto, o "Kiko", Wander Lucio Pereira Gomes, Roberto Wagner Lima de Castro, o "Betão", e Lucio Rocha Loyola.
Segundo Fábio Miguel, promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os bandidos atuavam de forma agressiva. "Quando estas pessoas eram soltas, elas fuzilavam as vítimas por raiva. Eles são extremamentos violentos. Tanto que ficou comprovado o envolvimento deles com o tráfic de drogas", afirmou, destacando o fato de que alguns dos presos são suspeitos do assassinato de sete testemunhas da ação da milícia.
A quadrilha destacava-se pela cobrança de "taxas" por serviços clandestinos de segurança; a imposição da compra de cestas básicas por valores acima do mercado; o tráfico de armas de fogo, a agiotagem, a invasão de propriedades, o parcelamento irregular do solo urbano; a exploração da distribuição ilícita de sinal de TV a cabo, internet e jogos de azar; a prestação de serviços de transporte coletivo alternativo clandestino (vans e mototáxis); e a venda ilegal de botijões de gás.

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