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sábado, 5 de maio de 2012

Músicos de Rio Claro comentam morte de Tinoco


Cantor sertanejo Tinoco morreu na madrugada dessa sexta-feira, aos 91 anos de idade
Cantor sertanejo Tinoco morreu na madrugada dessa sexta-feira, aos 91 anos de idade
Valdira Guimarães Augusto

A morte do cantor Tinoco aos 91 anos, na madrugada dessa sexta-feira na capital paulista, foi lamentada por muitos músicos, principalmente os envolvidos com o estilo caipira e sertanejo. A dupla Tonico & Tinoco foi considerada a mais importante da história da música brasileira e a de maior referência. Tinoco cantaria na Virada Cultural, no início da tarde de domingo no palco Arouche, no centro da capital. Em Rio Claro alguns músicos comentaram a perda do músico.

Fernando Basso, integrante e responsável pela coordenação do grupo Catira Brasil, destaca que uma geração ficou órfã de um grande “pai” com a perda de Tinoco. “Fica um vazio muito grande, estamos perdendo violeiros antigos e não há como repor. Se o pessoal de hoje em dia não cantar mais as músicas deles, tudo será perdido com o tempo e muitos não saberão quem foram Tonico e Tinoco, é preciso preservar essa história. A dupla foi a responsável pela autenticidade da música raiz, levaram a música caipira ao reconhecimento do povo”, observa Basso.

O cantor e compositor Júnior Hartung também destaca que Tonico & Tinoco foi uma das duplas mais importantes que passaram pela música sertaneja. O rio-clarense teve a oportunidade de gravar a música deles “Moreninha Linda” e afirma que a dupla sempre foi inspiração para sua carreira musical.

“Eles arrastavam multidões em seus shows, foi uma das maiores duplas que passaram pela nossa música sertaneja. O Tinoco fazia um sertanejo diferente, romântico, é uma perda muito grande. Além disso, eles introduziram o arrasta-pé na música cantada, com letra em cima desse ritmo. Eles criaram um jeito próprio e especial de cantar. Eu e muitos outros músicos sempre nos inspiramos em Tonico e Tinoco”, afirma Júnior Hartung.


O MÚSICO

O cantor sertanejo José Perez, conhecido como Tinoco, morreu na madrugada de sexta-feira no Hospital Municipal Ignácio de Proença de Gouvêa, na Mooca. O corpo do músico foi velado na manhã de sexta-feira no Cemitério da Quarta Parada, no Belém, Zona Leste de São Paulo. O enterro estava programado para a tarde de ontem, no Cemitério da Vila Alpina, também na Zona Leste. Ele deu entrada no hospital na noite de quinta com insuficiência respiratória e morreu à 01h42.

Tonico e Tinoco realizaram quase mil gravações ao longo de sua trajetória musical, que começou em 1935, e venderam mais de 150 milhões de cópias de seus 83 discos. A dupla acabou em 1994 com a morte de Tonico.

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