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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Julgamento de Breivik lembra vítimas individualmente


04 de maio de 2012 09h23 atualizado às 10h44


O julgamento contra o ultradireitista Anders Behring Breivik pelos atentados de 22 de julho do ano passado na Noruega, nos quais morreram 77 pessoas, começou a lembrar de forma individual nesta sexta-feira os mortos no massacre da ilha de Utoya, com palavras de lembrança de familiares e amigos. 
 Confira a linha do tempo dos atentados na Noruega

"Birgitte foi arrancada de tudo e de todos de forma violenta e brutal. O anjinho de papai terá um lugar no meu coração para sempre", leu no julgamento Mette Yvonne Larsen, a representante legal dos familiares da jovem de 15 anos que estava no acampamento das Juventudes Trabalhistas em Utoya.
Os nove crimes que foram analisados nesta sexta seguiram o mesmo procedimento: leitura do relatório legista, explicação dos disparos sofridos, usando um manequim; e depois uma apresentação do falecido feita por parentes ou amigos.

"Sentimos muito a sua falta Laila, mas nunca renunciaremos, seguiremos lutando por teus ideais. Te amamos. Uma saudação de mamãe e papai", disse Thomas Benestad, representante dos familiares da jovem de 17 anos, segundo o diário norueguês VG.

Ao longo da audiência, que não foi transmitida por ordem do tribunal, vários familiares das vítimas abandonaram a sala sob lágrimas, generalizadas também entre o público e fiscais. Enquanto isso, Breivik permanecia impassível, informaram vários sites noruegueses.

A inclusão das palavras de lembrança no julgamento foi um pedido de parentes e pessoas próximas das vítimas. Na última quinta, a medida já tinha sido utilizada com os oito mortos no atentado com caminhonete bomba contra o complexo governamental de Oslo. "É importante que as vítimas sejam algo mais que número em uma autópsia", declarou à televisão pública NRK Yvonne Larsen.

A maioria dos 69 mortos em Utoya faleceu instantaneamente com uma média de três tiros - oito em um caso -, quase todos de curta distância, explicou no julgamento o médico legista do Instituto Nacional de Saúde norueguês, Torleiv Ole Rognum.
O julgamento será retomado na segunda-feira com uma audiência, que repassará as mortes de Utoya seguindo o mesmo procedimento usado nesta sexta-feira.

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