Por Marcos Elias Picão em 7 de novembro de 2011 às 19h00
No recente Ubuntu Developer Summit foram debatidas muitas coisas
sobre a futura versão LTS do Ubuntu, a 12.04 (Precise Pangolin), que
será lançada em abril de 2012.Algo que já sabíamos é que, a partir desta versão, as edições LTS serão suportadas por 5 anos. Isso dá mais garantias de segurança e estabilidade para usuários corporativos e até mesmo domésticos, que não se importam em estar sempre com os últimos lançamentos. O ciclo de lançamentos com uma nova versão a cada 6 meses não agrada todo mundo, já que a atualização normalmente gastará muito tempo e dinheiro em alguns cenários - especialmente para empresas, onde podem ocorrer problemas de incompatibilidade com aplicações específicas e há a necessidade de adaptação/treinamento de funcionários.
Entre as ideias comentadas para o Ubuntu 12.04 as alterações esperadas são essas:
- A imagem ISO poderá ficar com cerca de 750 MB. Isso inviabilizaria o uso de CDs para gravar o sistema, sendo necessário partir para DVDs ou pendrives. Há uma proposta para que a imagem default tenha 1,5 GB, aproveitando melhor ainda o espaço do DVD, mas não há uma decisão precisa sobre isso. A princípio apenas cerca de 50 MB seriam excedidos, algo que talvez seja contornado até o lançamento
- A versão de 64-bit passará a ser a recomendada, em vez da atual de 32. Com atualizações recentes ela se mostra bastante estável e compatível com aplicações de 32-bit, solucionando um grave problema antigo. As imagens de 32-bit continuarão disponíveis mas serão opcionais, especialmente para processadores mais antigos. Apesar de não ser nada agradável usar o Ubuntu em PCs antigos, ao trocar o ambiente gráfico e o gerenciador de janelas ele ganha uma nova vida, algo que pode ser visto no Lubuntu - toda a base do Ubuntu, mas com o LXDE. A versão de 32-bit servirá bem para esses casos.
- O Ubuntu Software Center terá grandes aprimoramentos. O primeiro
deles é a velocidade, que esperam reduzir o tempo de abertura de cerca
de 11 segundos para apenas 2. Outra coisa interessante é que as novas
aplicações instaladas poderão ir direto para o lançador, sendo esta uma
opção num dos menus. Isso deve tornar a experiência ainda mais atrativa
para os iniciantes, que não precisarão procurar o ícone ou digitar o
nome do aplicativo recém instalado para encontrá-lo.
A loja de aplicativos também deverá contar com vídeos, melhorias na sincronização entre computadores, suporte a vários screenshots e também screenshots localizados (em vários idiomas), suporte a plugins, entre outras coisas.
- Há várias melhorias leves no Unity, basicamente coisas incrementais, que não mudarão muita coisa mas ajudarão a torná-lo ainda mais prático e produtivo.
- O Wayland poderá estar disponível como um tech preview. Não há nada muito certo quanto a isso, já que ainda há muito trabalho pela frente: um compositor, suporte ao LightDM, PolicyKit, screensaver e tela travada, entre outras coisas. Se não concluírem a tempo o Wayland só aparecerá para testes depois. De qualquer forma isso não é essencial por enquanto.
- Provavelmente o Banshee será trocado pelo Rhythmbox. Como o Tomboy e o Gbrany são os únicos a continuarem com o Mono, eles poderão ser removidos também, tornando o Ubuntu 12.04 livre do Mono.
- O Vinagre, tsclient e rdesktop deverão ser substituídos pelos Remmina e FreeRDP.
- As aplicações em geral deverão ser as mesmas do GNOME 3.2, porém o sistema virá com GTK 3.4 e alguns componentes do GNOME 3.4, como os jogos do GNOME, o Gedit e alguns outros.
- O suporte a vários monitores estará bem melhor, agradando os profissionais e entusiastas que não se contentam com uma tela só. O vídeo abaixo permite dar uma olhada rápida em como pode ficar:
Vários detalhes debatidos no evento podem ser vistos nesta página. Quem quer testar o sistema no estado em que se encontra pode pegar as compilações diárias, que não são nem alpha/beta ainda. Além de bugs e recursos incertos elas podem não representar, necessariamente, o que virá no Ubuntu 12.04 final.
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