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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Algumas considerações sobre o Ubuntu 12.04


Por Marcos Elias Picão em 7 de novembro de 2011 às 19h00
No recente Ubuntu Developer Summit foram debatidas muitas coisas sobre a futura versão LTS do Ubuntu, a 12.04 (Precise Pangolin), que será lançada em abril de 2012.

Algo que já sabíamos é que, a partir desta versão, as edições LTS serão suportadas por 5 anos. Isso dá mais garantias de segurança e estabilidade para usuários corporativos e até mesmo domésticos, que não se importam em estar sempre com os últimos lançamentos. O ciclo de lançamentos com uma nova versão a cada 6 meses não agrada todo mundo, já que a atualização normalmente gastará muito tempo e dinheiro em alguns cenários - especialmente para empresas, onde podem ocorrer problemas de incompatibilidade com aplicações específicas e há a necessidade de adaptação/treinamento de funcionários.

Entre as ideias comentadas para o Ubuntu 12.04 as alterações esperadas são essas:
  • A imagem ISO poderá ficar com cerca de 750 MB. Isso inviabilizaria o uso de CDs para gravar o sistema, sendo necessário partir para DVDs ou pendrives. Há uma proposta para que a imagem default tenha 1,5 GB, aproveitando melhor ainda o espaço do DVD, mas não há uma decisão precisa sobre isso. A princípio apenas cerca de 50 MB seriam excedidos, algo que talvez seja contornado até o lançamento

  • A versão de 64-bit passará a ser a recomendada, em vez da atual de 32. Com atualizações recentes ela se mostra bastante estável e compatível com aplicações de 32-bit, solucionando um grave problema antigo. As imagens de 32-bit continuarão disponíveis mas serão opcionais, especialmente para processadores mais antigos. Apesar de não ser nada agradável usar o Ubuntu em PCs antigos, ao trocar o ambiente gráfico e o gerenciador de janelas ele ganha uma nova vida, algo que pode ser visto no Lubuntu - toda a base do Ubuntu, mas com o LXDE. A versão de 32-bit servirá bem para esses casos.

  • O Ubuntu Software Center terá grandes aprimoramentos. O primeiro deles é a velocidade, que esperam reduzir o tempo de abertura de cerca de 11 segundos para apenas 2. Outra coisa interessante é que as novas aplicações instaladas poderão ir direto para o lançador, sendo esta uma opção num dos menus. Isso deve tornar a experiência ainda mais atrativa para os iniciantes, que não precisarão procurar o ícone ou digitar o nome do aplicativo recém instalado para encontrá-lo.
    A loja de aplicativos também deverá contar com vídeos, melhorias na sincronização entre computadores, suporte a vários screenshots e também screenshots localizados (em vários idiomas), suporte a plugins, entre outras coisas.

  • Há várias melhorias leves no Unity, basicamente coisas incrementais, que não mudarão muita coisa mas ajudarão a torná-lo ainda mais prático e produtivo.

  • O Wayland poderá estar disponível como um tech preview. Não há nada muito certo quanto a isso, já que ainda há muito trabalho pela frente: um compositor, suporte ao LightDM, PolicyKit, screensaver e tela travada, entre outras coisas. Se não concluírem a tempo o Wayland só aparecerá para testes depois. De qualquer forma isso não é essencial por enquanto.

  • Provavelmente o Banshee será trocado pelo Rhythmbox. Como o Tomboy e o Gbrany são os únicos a continuarem com o Mono, eles poderão ser removidos também, tornando o Ubuntu 12.04 livre do Mono.

  • O Vinagre, tsclient e rdesktop deverão ser substituídos pelos Remmina e FreeRDP.

  • As aplicações em geral deverão ser as mesmas do GNOME 3.2, porém o sistema virá com GTK 3.4 e alguns componentes do GNOME 3.4, como os jogos do GNOME, o Gedit e alguns outros.

  • O suporte a vários monitores estará bem melhor, agradando os profissionais e entusiastas que não se contentam com uma tela só. O vídeo abaixo permite dar uma olhada rápida em como pode ficar:
Uma das preocupações do 12.04 é não trazer mudanças tão radicais, já que será LTS. Por isso parte do conservadorismo em manter aplicativos do GNOME 3.2.

Vários detalhes debatidos no evento podem ser vistos nesta página. Quem quer testar o sistema no estado em que se encontra pode pegar as compilações diárias, que não são nem alpha/beta ainda. Além de bugs e recursos incertos elas podem não representar, necessariamente, o que virá no Ubuntu 12.04 final.

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