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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Gartner: consumidor está cansado das mídias sociais


Brasil e Rússia têm usado menos redes sociais.

Pesquisa do Gartner verifica que há sinais de maturidade no mercado de mídia social, porém alguns usuários em determinados segmentos estão mostrando fadiga de redes sociais. O estudo revela a localização de uso contínuo, pelo qual certas características específicas de cada país ditam preferências. No entanto, as grandes marcas globais, como o Facebook, estão fazendo progressos em países onde não têm sido historicamente fortes.

O instituto fez o estudo com 6.295 entrevistados, com idades entre 13 e 74, em 11 mercados desenvolvidos e em desenvolvimento de dezembro de 2010 a janeiro deste ano. Os consumidores foram questionados sobre o uso e opiniões sobre os sites de mídia social, com o objetivo de examinar as tendências de uso e como são os entusiastas de redes sociais em geral, em uma série de países.




"No geral, nossa pesquisa sublinhou a continuidade do entusiasmo dos entrevistados pelos meios de comunicação social", avalia Charlotte Patrick, analista de pesquisas do Gartner. "Os adolescentes e os de vinte anos eram significativamente mais propensos a ter aumentado o seu uso, enquanto no outro extremo do ‘espectro de entusiasmo’, as diferenças relacionadas à idade são acentuadas, com porcentagens bastante consistentes demonstrando que os mais velhos vêm usando menos a mídia social".

Dos entrevistados, 24% disseram que acessam seu site de mídia social favorito menos do que no início da utilização. Esses entrevistados tendem a ser de segmentos que têm uma visão mais pragmática da tecnologia. Dos questionados, porém, 37%, em particular os grupos etários mais jovens e os segmentos mais tech-savvy, estavam usando mais estes sites.

"A tendência mostra algum cansaço com relação às mídias sociais entre os early adopters e 31% dos mais jovens indicaram que estavam ficando entediados com sua rede social: é uma situação que estas mídias devem monitorar - como terão de inovar e diversificar para manter a atenção do consumidor", analisa Brian Blau, diretor de pesquisas da empresa.

"O conteúdo da marca precisa ser mantido fresco e deve ser capaz de capturar a atenção das pessoas instantaneamente. A nova geração de consumidores é inquieta, dedica curto tempo de atenção e muita criatividade é necessária para fazer um impacto significativo", acrescenta Blau.

Os analistas do Gartner também monitoraram se o tipo de site social utilizado pelo entrevistados afetou o seu entusiasmo. Dado que 24% dos respondentes indicaram que estavam usando o seu principal site social "um pouco menos" ou "muito menos" do que quando começou a utilizá-lo, os entrevistados foram perguntados quais os fatores negativos podem estar influenciando esta diminuição.

Embora nenhuma das opções dos respondentes pareça extremamente alta, 33% disseram que estavam preocupados com a privacidade online. Atitudes como esta também foram relacionadas à idade, com adolescentes citando preocupações com a privacidade significativamente menos frequente do que os entrevistados mais velhos (22% dos mais jovens concordaram ou concordaram fortemente que preocupações com a privacidade foram diminuindo o seu entusiasmo, contra uma média de 33% dos mais experientes).

"O nível de preocupação dos consumidores em torno da privacidade requer vigilância constante das mídias. Lições devem ser aprendidas com os gostos dos pesquisados e como eles testam os limites de tolerância do consumidor em busca de mais receita", diz Charlotte.

Do ponto de vista geográfico, alguns dos mais maduros mercados de mídia social - Japão, Reino Unido e os EUA - corresponderam à tendência global média - com cerca de 40% dos respondentes usando o site mais do que quando começou, 40% usando a mesma quantidade e 20% usando menos.

Mercados onde o entusiasmo foi maior incluiu a Coréia do Sul e Itália, onde quase 50% dos entrevistados disseram que usaram seus sites de mídia social mais. No outro extremo do espectro, os países com a maioria dos entrevistados usando menos incluíram o Brasil e Rússia - ambos com entre 30 e 40% dos pesquisados com menos entusiasmo.
*Com agências internacionais

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