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domingo, 24 de julho de 2011

Suposto autor de massacre na Noruega postou manifesto na internet


24 de julho de 2011 04h51 atualizado às 05h31


Anders Behring Breivik, 32 anos, foi identificado pela polícia como o homem de 1,90 m que abriu fogo na ilha de Utoya e matou mais de 80 pessoas. Foto: AFP Anders Behring Breivik foi identificado pela polícia como o homem que abriu fogo na ilha de Utoya
Foto: AFP

O suposto autor do duplo atentado na Noruega, Anders Behring Breivik, que qualificou seu ato de "cruel, mas necessário", tinha colocado na internet um manifesto de 1,5 mil páginas chamando à violência contra muçulmanos e comunistas.

O suposto agressor, detido após o ataque ao acampamento de férias da ilha de Utoya, postou um largo documento intitulado "2083 A European Declaration of Independence", em inglês, em que entre outras coisas declarava a "guerra de sangue" contra imigrantes e marxistas, informa neste domingo a agência de notícias NTB.

"Acho que é o último texto que vou escrever. Hoje é sexta-feira, 22 de julho, 12h51", terminava o manifesto. Duas horas e meia mais tarde, explodiu a bomba no complexo governamental de Oslo, em que morreram 7 pessoas, ao quais seguiu o massacre da ilha, com outras 85 vítimas fatais.

Segundo explicou seu advogado, o suspeito declarou à polícia que o massacre que perpetrou era "cruel, mas necessário". O norueguês é ligado a grupos ultradireitistas, fundamentalistas cristãos e islamófobos e reconheceu perante as forças de segurança que esteve por trás da tragédia da ilha de Utoya, na qual morreram baleadas 85 pessoas, em sua maioria adolescentes.

Assim o explicou seu advogado, Geir Lippestad, conhecido por ter defendido famosos neonazistas, em entrevista ao canal de televisão TV 2, na qual apontou que o suspeito declarou perante a polícia durante horas.

"Ele explicou a seriedade do assunto, a incrível amplitude de feridos e mortos. Sua reação foi assumir que era cruel executar esses assassinatos, mas na sua opinião isto era necessário", disse Lippestad, confirmando o nome do suspeito, um extremo que até o momento só a imprensa local tinha feito.

Acrescentou que Behring não negou nada do que fez e se prestou a colaborar com a investigação, "fornecer evidências", assim como o motivo que o levou a perpetrar o massacre.

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