Tradutor - Select your language

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Apagão atinge bairros das zonas oeste e sul de São Paulo

Um apagão atingiu diversos bairros da zona oeste de São Paulo, na tarde desta quinta-feira. A AES Eletropaulo informou que o problema foi na Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista).

A Cteep confirmou um problema na subestação Milton Fornasaro, mas não soube informar a causa da interrupção no abastecimento. A companhia também não soube informar quanto tempo durou a falta de energia.

Por meio de nota, a Eletropaulo informou que a falha da Cteep interrompeu o fornecimento de energia elétrica a 700 mil clientes. Entre os principais bairros da zonas oeste e sul atingidos, de acordo com a empresa, estão Vila Madalena, Jardins, Morumbi, Pompéia e Pinheiros.

Ainda segundo a Eletropaulo, para agilizar o restabelecimento, a empresa iniciou a transferência de carga entre suas subestações para contribuir com o trabalho da Cteep.

Moradores das ruas Teodoro Sampaio, Cardeal Arcoverde, João Moura, rua dos Pinheiros e Mateus Grou e das avenidas Vital Brasil, Sumaré e Pompéia relataram falta de energia nas redes sociais.

Também há relatos de falta de luzna região do Jaguaré e do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

Devido ao problema, as hashtags #semluz e #apagaosp ganharam destaque no Twitter no início da noite.

MULTA

No último dia 12 de julho, a AES Eletropaulo recebeu a maior multa de sua história por problemas no fornecimento da energia entre 2009 e maio de 2010. A empresa foi autuada em mais de R$ 26 milhões pela Arsesp (agência estadual responsável por fiscalizar as empresas que vendem energia em São Paulo).

O prazo para que a empresa recorra da decisão foi de dez dias após a aplicação da multa. O recurso em primeira instância, deveria ser encaminhado à própria Arsesp. Já em segunda instância, a apelação deve ser endereçada à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

À época, a empresa de energia havia informado apenas que "está analisando administrativamente a multa". A Arsesp e a AES Eletropaulo não foram localizadas para comentar o desfecho da sanção imposta no dia 12.

APAGÃO

Em fevereiro de 2010, 16 bairros da Capital ficaram sem luz após uma forte chuva que atingiu a cidade. Na ocasião, algumas famílias chegaram ficar mais de 24 horas às escuras.

Já em junho deste ano, mês não compreendido pela fiscalização da Arsesp, 600 mil unidades consumidoras foram afetadas por um vendaval, o que pode significar mais de 2 milhões de pessoas, segundo a Eletropaulo. Algumas famílias ficaram entre 60 e 80 horas sem luz.

Na ocasião, a empresa informou em anúncios publicado nos jornais que disponibilizaria formulários de pedido de indenização por danos causados pelo problema.

No último dia 22 daquele mês, a Procuradoria Geral do Estado e a Fundação Procon ingressaram com uma ação civil pública, com pedido de tutela antecipada, --representando o governo do Estado-- contra a empresa.

A ação conjunta da Procuradoria e Procon pede o cumprimento da resolução da Aneel que estabelece o prazo máximo de quatro horas para o restabelecimento de energia em casos de interrupções no fornecimento, sob o risco de aplicação de multa de R$ 500 mil por hora de atraso no restabelecimento.

Além disso, a ação pede indenização por danos morais coletivos; reparação dos prejuízos individuais dos consumidores neste e em apagões futuros; adequação do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da empresa, para que funcione em dias da apagão; adequação de procedimentos preventivos; entre outros

FISCALIZAÇÃO

Reportagem da Folha do último dia 6 mostrou que a Arsesp utilizou apenas 37% de seu orçamento entre os anos de 2008 e 2010. Ao todo, foram R$ 56,5 milhões utilizados, enquanto R$ 97,9 milhões ficaram parados.

De acordo com o texto, as reclamações por falta de energia dos clientes da maior delas, a AES Eletropaulo, por exemplo, aumentaram 83%. Os cortes de luz em algumas áreas da região metropolitana, inclusive, vêm ficando cada vez mais frequentes, acima do considerado ideal pelo contrato de concessão.

A agência estadual admite não ter usado recursos, mas nega falta de fiscalização. Em três anos, no caso da AES Eletropaulo, houve 15 ações de fiscalização. Dessas, nove ainda estão em análise, algumas desde 2009. Outras cinco estão arquivadas e só uma resultou em multa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário