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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Kadhafi afirma que irá prosseguir a batalha

Líbia


Trípoli - O coronel Muammar Kadhafi afirmou  que está "de costas à parede", que não teme a morte e que a batalha contra o ocidente "cruzado" vai prosseguir "até ao fim", numa mensagem sonora transmitida pela televisão líbia, citada quinta-feira pela AFP.

"Vamos resistir e a batalha continuará até ao fim, até atingirem os vossos objectivos. Mas nós não iremos parar", declarou Kadhafi numa homenagem ao seu companheiro, Khouildi Hmidi, que viu perder vários membros da sua família segunda-feira durante os ataques da OTAN sobre a sua residência.

"Não há mais acordo para nós depois de terem morto os nossos filhos e netos (...) Estamos de costas à parede. Voces (o Ocidente) podem recuar", acrescentou.

"Não estamos com medo. Não estamos a procura de viver ou de nos salvar", disse, denunciando uma cruzada lançada contra um país muçulmano tendo como alvo os civis e as crianças.

Segunda-feira, a OTAN efectuou um ataque aéreo em Sorman, 70 km a oeste de Trípoli, que atingiu uma residência de Khouildi Hmidi, um político influente e antigo companheiro do líder Muammar Kadhafi, causando a morte de 15 pessoas, segundo as autoridades.

Vários membros da família Hmidi morreram no ataque, incluindo três crianças.

A OTAN admitiu ter realizado um "ataque de precisão" contra um "centro de comando e de controlo de alto nível".

"Com que direito voces pretendem atingir os políticos e as suas famílias?", denunciou em voz alta o coronel Kadhafi.

Afirmou que o escritório de Khouildi Hmidi em Trípoli foi bombardeado quatro vezes.

"Eles procuraram-no por ser um heroi. Quando não o encontraram no seu escritório, queriam matá-lo em sua casa", disse.

Apelou à ONU para enviar investigadores à residência bombardeada de Hmidi para verificar que é um lugar civil e não militar como diz a OTAN.

Prometeu igualmente construir um monumento, "o mais alto do Norte de África" em memória à Khaleda, neta de Hmidi de quatro anos morta no ataque, segundo as autoridades de Trípoli.

"Nós ficaremos, vamos resistir e não vamos nos submeter. Lutem com os vossos mísseis dois, três, dez ou cem anos", insistiu o coronel Kadhafi.

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