Redação SRZD | Rio+ | 09/06/2011 21h10
Ouvido pelo SRZD, o coronel da PM, Ricardo Paúl, questionou a votação sobre o reajuste salarial. Para ele, a medida adotada pelo governador Sérgio Cabral é direciona para policiais militares e civis, e disse que os bombeiros presos teriam que votar a aprovação do ajuste. "Como eles vão votar se estão presos? Eles representam 25%. Vão votar faltando 25% de quem vota? Pode até acontecer, mas não com esse grupo, não sei como surgiu, que negocia com o governo porque ele não representa os bombeiros".
Os militares dizem não ser suficiente o aumento de 5,58% oferecido pelo governo estadual. Eles dizem que irão continuar na escadaria da Alerj. O novo secretário de Defesa Civil do estado e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, disse que vai continuar negociando um aumento salarial mais significativo para a categoria.
Uma nova reunião com autoridades está marcada para esta sexta-feira, na Alerj. A Defensoria Pública, alguns deputados e a comissão da Ordem dos Advogados do Brasil, estão estudando uma forma de relaxamento da prisão.
As negociações dos bombeiros podem ter rachado. Dois grupos lutam para pressionar as autoridades: a Frente Unificada de Classe da Segurança Pública, que pede um piso salarial de R$ 2.900, e os bombeiros líderes do movimento que acampam na Alerj que protestam pelas ruas, crítica a associação por tentar negociar sem pedir a libertação dos companheiros presos.
O presidente Associação dos Ativos, Inativos e Pensionistas das Polícias e Bombeiros (Assinap), Miguel Cordeiro, disse que foi uma traição aos colegas presos. O membro da Frente Unificada, Wanderlei Ribeiro, disse que há fortes motivações políticas por trás do protesto. O governo do estado enviou à Alerj uma mensagem antecipando o reajuste salarial de bombeiros, policiais militares, civis e agentes penitenciários.
O reajuste para as categorias será de 5,58%. Somados aos reajustes de janeiro a junho deste ano, as categorias passam a acumular 11,5% de aumento salarial em 2011. O total de servidores reajustados é de 127.276, sendo 69.560 ativos, 32.023 aposentados e 25.693 pensionistas.
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