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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Insatisfeitos, bombeiros fazem manifestação nesta sexta no Centro

Redação SRZD | Rio+ | 09/06/2011 21h10
O movimento formado por bombeiros continua na escadaria da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) até que os 439 militares da corporação presos na noite da sexta-feira passada sejam libertados. Mesmo com a chuva que cai no Rio, eles não desanimaram de reivindicar aumento salarial, melhorias nas condições de trabalho e a soltura dos integrantes do movimento. O grupo promete uma grande manifestação nesta sexta-feira, com o apoio dos professores.

Ouvido pelo SRZD, o coronel da PM, Ricardo Paúl, questionou a votação sobre o reajuste salarial. Para ele, a medida adotada pelo governador Sérgio Cabral é direciona para policiais militares e civis, e disse que os bombeiros presos teriam que votar a aprovação do ajuste. "Como eles vão votar se estão presos? Eles representam 25%. Vão votar faltando 25% de quem vota? Pode até acontecer, mas não com esse grupo, não sei como surgiu, que negocia com o governo porque ele não representa os bombeiros".

Os militares dizem não ser suficiente o aumento de 5,58% oferecido pelo governo estadual. Eles dizem que irão continuar na escadaria da Alerj. O novo secretário de Defesa Civil do estado e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, disse que vai continuar negociando um aumento salarial mais significativo para a categoria.

Uma nova reunião com autoridades está marcada para esta sexta-feira, na Alerj. A Defensoria Pública, alguns deputados e a comissão da Ordem dos Advogados do Brasil, estão estudando uma forma de relaxamento da prisão.

Grupos divergem sobre negociação

As negociações dos bombeiros podem ter rachado. Dois grupos lutam para pressionar as autoridades: a Frente Unificada de Classe da Segurança Pública, que pede um piso salarial de R$ 2.900, e os bombeiros líderes do movimento que acampam na Alerj que protestam pelas ruas, crítica a associação por tentar negociar sem pedir a libertação dos companheiros presos.

O presidente Associação dos Ativos, Inativos e Pensionistas das Polícias e Bombeiros (Assinap), Miguel Cordeiro, disse que foi uma traição aos colegas presos. O membro da Frente Unificada, Wanderlei Ribeiro, disse que há fortes motivações políticas por trás do protesto. O governo do estado enviou à Alerj uma mensagem antecipando o reajuste salarial de bombeiros, policiais militares, civis e agentes penitenciários.

O reajuste para as categorias será de 5,58%. Somados aos reajustes de janeiro a junho deste ano, as categorias passam a acumular 11,5% de aumento salarial em 2011. O total de servidores reajustados é de 127.276, sendo 69.560 ativos, 32.023 aposentados e 25.693 pensionistas.

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