publicado em 17/06/2011 às 06h47:

Trabalhos de identificação podem levar até duas semanas, diz a polícia francesa
Pierre Aandrieu/16.06.2011/AFP
Os corpos e destroços do voo 447 foram transportados de caminhão do porto de Bayonne
(sudoeste da França) até Paris (capital)
(sudoeste da França) até Paris (capital)
Os corpos de 104 das 228 vítimas do acidente do voo da Air France Rio-Paris, ocorrido em 2009, chegaram nesta sexta-feira (17) a Paris (capital da França), onde acontecerá um longo processo de identificação. Os três primeiros caminhões funerários chegaram às 9h (4h em Brasília) ao Instituto Médico Legal de Paris, onde estavam alguns familiares das vítimas.
Os contêineres com os corpos foram transportados por estrada durante a noite a partir de Bayonne, sudoeste da França, onde chegaram na quinta-feira (16) a bordo do navio Ile-de-Sein, que também transportou destroços do avião. O instituto será responsável pelos exames técnicos e das arcadas dentárias, assim como pela coleta de amostras de DNA, que possibilitarão a identificação das vítimas.
As operações mobilizarão três médicos legistas, dois radiologistas e dois ortodontistas.
Após o acidente, cinquenta corpos haviam sido encontrados - assim, mais de 70 permaneceram no fundo do oceano.
Segundo uma fonte da polícia ouvida pela agência de notícias France Presse, a comissão de identificação validará (...) este trabalho de identificação para permitir que as famílias recebam e enterrem seus mortos. A mesma fonte informou que o objetivo é entregar o quanto antes os corpos às famílias, mas que os trabalhos podem levar até duas semanas.
O chefe do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar Nacional, François Daoust, havia estimado no dia 13 de junho que o trabalho de identificação levaria "semanas, e até meses".
O processo de identificação divide as famílias. Já indignadas no final de maio com o desenrolar da investigação técnica, elas têm opiniões divergentes sobre a decisão da justiça de resgatar os corpos para identificação.
O vice-presidente da Associação Ajuda Mútua e Solidariedade AF447, Robert Soulas, disse que operação suscitou polêmica, já que alguns queriam e outros não.
- Tínhamos pedido à juíza que indicasse em quais condições de dignidade o resgate dos corpos seria organizado.
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