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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Bombeiros continuam acampados


Bombeiros continuam acampados em frente
à Alerj na manhã desta segunda-feira

Protesto que começou ontem reuniu cerca de 1.500 militares e familiares
Do R7 | 06/06/2011 às 07h25
Marcos de Paula / AE
Marcos de Paula / AE
Luta pela liberação dos bombeiros presos começou ontem























Bombeiros, amigos e familiares continuavam acampados em frente à Alerj
 (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), no centro da capital,
 às 7h20 desta segunda-feira (6).
Eles iniciaram o protesto nas escadarias com muitas faixas e cartazes
 na manhã de domingo (5). A manifestação chegou a reunir 1.500 pessoas
, segundo a Polícia Militar.
A principal reivindicação, além das melhorias de salário e condições de
 trabalho, é a liberação dos 439 bombeiros presos após a ocupação do
 Quartel Central na última sexta-feira (3).
Os militares detidos continuam no quartel da corporação em Charitas, Niterói,
 cidade da região metropolitana do Estado. A PM informou no domingo que
 não há previsão para a liberação.
Entenda o caso
Por volta das 20h da última sexta-feira (3), cerca de 2.000 bombeiros - muitos
 acompanhados de mulheres e crianças - ocuparam o Quartel Central da corporação
, no centro do Rio de Janeiro. O protesto, que havia começado no início da tarde
 em frente à Alerj (Assembleia Legislativa), durou toda a madrugada.
A principal reivindicação da categoria é aumento salarial de R$ 950 para R$ 2.000
 e vale-transporte. A causa já motivou dezenas de paralisações e manifestações desde
 o início de abril. Seis líderes dos movimentos chegaram a ser presos administrativamente
 em maio, mas foram liberados.
Vídeos: assista às principais imagens


Diante do clima de tensão no Quartel Central, repetidos apelos feitos pelo
 comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, para que
 os manifestantes retornassem às suas casas foram ignorados e bombeiros
 chegaram a impedir que colegas trabalhassem diante dos chamados de
 emergência. A PM, então, com auxílio do Bope (Batalhão de Operações
 Policiais Especiais), invadiu o complexo às 6h de sábado (4). Houve disparos
 de arma de fogo, acionamento de bombas de efeito moral e confrontos
 rapidamente controlados. Algumas mulheres e crianças ficaram levemente
 feridas e foram atendidas em postos no local.
Os bombeiros foram levados presos para o Batalhão de Choque, que fica
 nas proximidades. De lá, 439 foram transferidos de ônibus para a Corregedoria
 da PM, em São Gonçalo, região metropolitana do Estado, onde passaram a
 madrugada de domingo (5). Durante a manhã, eles foram novamente transferidos,
 só que para oquartel do bairro Charitas, em Niterói, também na região metropolitana.
Visivelmente irritado com o "total descontrole", o governador Sérgio Cabral
 anunciou no sábado, após reunião de cerca de cinco horas com a cúpula do
 governo, a exoneração do então comandante-geral do Corpo de Bombeiros,
 coronel Pedro Machado. O cargo passou a ser ocupado pelo coronel Sérgio 
Simões, que era subsecretário de Defesa Civil da capital fluminense.
Cabral disse que não negocia com "vândalos" e "irresponsáveis", alegou que os
 protestos têm motivação política e se defendeu dizendo que o governo tem planos
 de recuperação salarial para todos os militares desde 2007. Segundo ele, com toda
s as bonificações e reajustes previstos, até o fim do ano, os bombeiros terão um salário
 muito próximo ao que é reivindicado.
Os bombeiros presos serão autuados em quatro artigos do Código Penal Militar:
 motim, dano em viatura, dano às instalações e por impedir e dificultar a saída para
 socorro e salvamento. A pena para estes crimes varia de dois a dez anos de prisão.
 Inconformados, alguns iniciaram greve de fome como mais uma forma de protesto.
Apesar das baixas, o comando-geral do Corpo de Bombeiros informou que a rotina
 de atendimento à populaçãoestá mantida e que os substitutos dos bombeiros presos
 assumiram seus postos

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