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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Nono dígito começa a valer para telefones celulares do interior paulista


Oito regiões do Estado devem acrescentar o número neste domingo (25). 
Chamadas serão completadas sem o nono dígito até 3 de setembro.

Do G1 São Paulo
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Ligações de celular vão ganhar mais um número (Foto: Maiara Pires/G1)Ligações de celular vão ganhar mais um número
neste domingo em SP (Foto: Maiara Pires/G1)
A partir deste domingo (25), números de celulares do interior paulista que operam nos códigos DDD 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19 precisam acrescentar o 9 antes do número para realizar ligações. A mudança atinge oito regiões de São Paulo.
Até o dia 3 de setembro, porém, as chamadas feitas com 8 dígitos continuarão a ser completadas. A partir do dia 4 de setembro, as operadoras não são mais obrigadas a completar ligações sem o nono dígito, mas uma mensagem vai informar aos clientes sobre a necessidade dele. A partir de 3 de dezembro, essa mensagem também deixa de ser obrigatória.
A implementação vai aumentar em quase duas vezes e meia a capacidade de habilitação de linhas de telefonia celular na região, segundo informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
De acordo com a agência, os oito dígitos permitem hoje o registro de um total de 296 milhões de linhas de celular (37 milhões para cada um dos 8 DDDs). Com o nono dígito, essa capacidade sobe para 720 milhões (90 milhões por DDD). Atualmente, estão ativos cerca de 30 milhões de celulares entre os códigos 12 e 19.
O custo para a implantação do nono dígito no interior de São Paulo, incluindo campanha para informar a população, é de R$ 98 milhões e vai ser pago pelas operadoras de telefonia.
Cronograma do nono dígito
A Anatel começou a implementar o nono dígito para celulares em julho de 2012, na área de código DDD 11, que inclui a cidade de São Paulo. Essa medida foi motivada pelo crescimento da base de assinantes do serviço.
Para efeito de padronização, porém, a agência decidiu por implantar o nono dígito no restante do país. O cronograma prevê a exigência no interior de São Paulo a partir deste domingo. No Rio de Janeiro e Espírito Santo, a obrigação vale a partir de 27 de outubro.
Até 31 de dezembro de 2014, o nono dígito começa a valer para nos estados do Amazonas, Roraima, Pará, Amapá e Maranhão. Até 31 de dezembro de 2015, a regra atinge também Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
Por fim, até 31 de dezembro de 2016, o nono dígito começa a ser obrigatório no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Goiás, Tocantins e no Distrito Federal.
Tecnologia
Aplicativos móveis criados para atualizar a agenda de contatos do smartphone com o nono dígito em São Paulo ganharam novas versões para também acrescentar o 9 aos telefones celulares do interior de São Paulo. Confira as opções:
  •  
Nome
Descrição
Preço
9d+ (Foto: Reprodução)
9d+ (Nono Dígito SP)
O aplicativo 9 d+ (Nono Dígito SP) foi atualizado no dia 22 de agosto para contemplar a inclusão do dígito 9 aos celulares de São Paulo e interior. 

Ao abrir o programa, basta clicar em um botão para que todos os números de São Paulo da sua agenda sejam atualizados com o dígito 9. É possível reverter o processo clicando em outro botão.
O 9d+ não edita ou remove nenhum dos telefones dos seus contatos. Ao invés disso, ele cria um novo número com o identificador “9d+”. Vale lembrar que o app, a princípio, só acrescentará o dígito 9 aos números registrados com os prefixos 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18 e 19. Para adicioná-lo a números sem a descrição do DDD, selecione essa opção no menu principal.
Gratuito para Android (acesse aqui).

Aplicativo 9 Dígitos (Foto: Reprodução/App Store)
9 Dígitos

Além de incluir o número 9 nos celulares com DDDs da capital e do interior de São Paulo, o ‘9 Dígitos’ o aproveita a análise da agenda pra ver se há números com código de operadora diferente da operadora do usuário. “Acontece muito com pessoas que mudaram de operadora mas não atualizaram todos os números da agenda", comenta o desenvolvedor Alexandre Fugita. "Se houver diferenças, o app avisa e pergunta se a pessoa quer atualizar isso também”, explica ele sobre a versão do app atualizada em 15 de agosto.

A aplicativo pago também ganhou uma versão gratuita, o '9 Dígitos Free' que não atualiza a agenda, mas permite visualizar e ligar para os números já com o nono dígito. “Esse app redireciona para o pago caso o usuário tenha interesse em atualizar a agenda”, detalha o desenvolvedor.
Custa US$ 1 para iOS (acesse aqui) e tem a versão gratuita '9 Dígitos Free' (acesse aqui)
Aplicativo nonoDígito (Foto: Divulgação/nonoDígito)

nonoDígito

Por enquanto, somente a versão do 'nonoDígito' para o sistema iOS, da Apple, está atualizada desde 28 de julho para incluir o dígito 9 aos novos DDDs do interior de São Paulo. O app inclui uma versão gratuita, o 'nonoDígito Free'.

O diferencial da versão paga, de acordo com o desenvolvedor Caio Lopes, é criar um backup automático da agenda, que o usuário pode restaurar a qualquer momento.

Lopes informa que a nova versão para o sistema Android, do Google, será liberada nesta sexta-feira (23).
O usuário pode ainda optar por colocar o nono dígito em todos os contatos, independentemente do DDD. É possível voltar atrás da decisão tocando na opção “desfazer”.

O aplicativo também identifica prefixos de celular iniciados pelo número 5 e preserva as marcações de código de operadora e código do país na agenda do celular. 
Custa US$ 1 para iOS (acesse aqui) e tem uma versão gratuita, o 'nonoDígito Free' (acesse aqui)
 
Aplicativo 'Novo número Brasil' (Foto: Reprodução/GooglePlay)
Novo número Brasil

O aplicativo antes conhecido como 'Novo número SP' foi atualizado em 23 de julho e mudou de nome. "Atualizei o nome do aplicativo para mostrar que o foco mudou para cobrir todos os DDD que terão o dígito 9 adicionado", explica o desenvolvedor Guilherme Brighenti, ao G1.

Para usar o app basta selecionar a opção "Iniciar busca de contatos a modificar", e então o aplicativo ira mostrar todos os contatos que devem ser atualizados. Basta clicar em “Alterar contatos” e a sua agenda já estará inteira atualizada.

“Um dos diferenciais do aplicativo é que ele permite a visualização dos contatos que serão modificados antes de efetivamente atualizar a agenda. Assim o usuário tem a opção de rever quais alterações serão feitas em sua agenda”, explica Brighenti.

O aplicativo também da a opção de reverter as mudanças feitas.
Gratuito para Android (acesse aqui)
Dígito SP+9 (Foto: Reprodução)
Dígito +9
O aplicativo para celulares BlackBerry, antes conhecido como 'Dígito SP+9', foi atualizado em 16 de agosto e passou a se chamar apenas 'Dígito +9' passando a atualizar a agenda de contatos atualiza a agenda de contatos do usuário para o novo formato de nove dígitos dos celulares do interior de São Paulo.

"O primeiro passo é informar qual o DDD do seu celular - 011 ou outro. Depois, o aplicativo verifica quais números precisam de atualização e é só clicar no botão ‘+9 Iniciar’, e aguardar alguns segundos", explica a desenvolvedora Navita. É possível voltar a agenda antiga ao clicar em “desfazer”.

A desenvolvedora informa que as praças do Rio de Janeiro e Espirito Santo serão contempladas com a atualização a partir de outubro de 2013.
Custa US$ 1 para BlackBerry (acesse aqui).
Aplicativo Dígito9 para iOS (Foto: Reprodução/AppStore)
Dígito 9
Atualizado em 15 de agosto o aplicativo é uma versão aprimorada do ‘Dígito 9 SP’, que agora inclui os DDDs do interior de São Paulo na migração da agenda de contatos para iPhone ou iPad.
“O aplicativo atualiza corretamente apenas os números necessários, sem duplicá-los ou salvá-los em uma nova categoria”, destaca o engenheiro Fernando Ghedin, desenvolvedor do app.
Custa US$ 1 para iOS (acesse aqui)

SP: brasileira é barrada em voo após comentário sobre terrorismo

Portal Terra

Uma brasileira foi impedida de embarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos em um voo da Qatar Airways para Bali, Indonésia, na madrugada deste domingo. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, o pai da jovem, que não iria embarcar, teria feito um comentário sobre terrorismo na fila de check-in. De acordo com a jovem, funcionários da companhia aérea a abordaram depois de o pai dela, o economista Renato Camargo da Silva, ter feito uma brincadeira. “Ainda bem que não acharam que você é terrorista”, teria dito Silva. Graduada em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo (USP), Thais Buratto da Silva, 24 anos, participaria de um no exterior.
A passageira tentou explicar a situação, mas, segundo ela, funcionários da companhia aérea não aceitaram as explicações. O pai de Thais afirmou que a abordagem da empresa aérea foi muito grosseira e ressaltou que a filha não fez nenhuma insinuação sobre terrorismo.  A Qatar Airways disse, por meio de assessoria de imprensa, que o veto à passageira ocorreu por “questões de segurança”.  A Polícia Federal do aeroporto afirmou que não encontrou nenhuma notificação sobre o caso. A jovem, no entanto, disse que iria registrar uma ocorrência no aeroporto por orientação de seu advogado, que entrará com uma ação por danos morais e materiais contra a companhia aérea.

Médicos cubanos pedem respeito e dizem que vêm trabalhar para o povo brasileiro

Agência Brasil

O primeiro grupo dos 206 médicos cubanos que vão trabalhar no Brasil desembarcou neste sábado(24) à tarde no país. No Recife, ficaram 30profissionais e 176 seguiram para Brasília, onde chegaram à noite. Ao desembarcar, Oscar Gonzales Martinez, graduado há 23 anos e especialista em atenção à família, disse que tinha grande expectativa em trabalhar com a população brasileira.
Martinez disse que veio ao Brasil por várias razões, entre elas, a oportunidade de trabalhar para o povo brasileiro. Sobre a polêmica em torno do pagamento dos salários, que serão feitos por meio do governo cubano e não diretamente aos profissionais, Gonzales disse que isso é o que menos importa, pois tem o emprego garantido em seu país e parte dos recursos irá para ajudar o seu povo.
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“O mais importante é colaborar com os médicos brasileiros e ajudar na qualidade de vida do povo daqui. Também é importante a irmandade entre o povo cubano e o povo brasileiro que existe há muito tempo”, disse.
médica Jaiceo Pereira, de 32 anos, lembrou, bem-humorada, que, apesar de ser a mais jovem do grupo, tem bastante experiência profissional e no início de sua formação já trabalhava com saúde da família. Ela pediu o apoio do povo brasileiro e respeito aos profissionais de seu país. “Queremos ajudar e dar saúde a todos aqueles que não têm acesso aos serviços médicos", disse. “Queremos dar amor e queremos receber amor.” Já Alexander Del Toro destacou que veio para trabalhar junto e não competir.
Um grupo de 25 simpatizantes do socialismo e de Cuba esteve no Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek com cartazes. Durante a longa espera, que durou mais de duas horas, os manifestantes gritavam palavras de ordem como “Cubano amigo, Brasil está contigo” e “Brasil, Cuba, América Central, a luta socialista é internacional”.
Em meio às manifestações de apoio, Ana Célia Bonfim, que se identificou como médica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal chegou a gritar entre os manifestantes que tudo não passava de uma “palhaçada”. “Profissional troca alguma coisa por bolsa. Isso não é coisa de profissional. Pelas condições que tem o médico cubano, claro que eles vão trocar isso pelas condições brasileiras. Mas isso é exploração de mão de obra”, disse.
O restante dos médicos cubanos desembarca neste domingo (25) em Fortaleza, às 13h20, no Recife, às 16h, e em Salvador, às 18h, segundo o ministério. Ao todo, 644 médicos, incluindo os 400 cubanos, com diploma estrangeiro chegam ao Brasil até este domingo (25).  Na sexta-feira (23), começaram a chegar os médicos inscritos individualmente em oito capitais.
Na segunda-feira (26), tantos os médicos inscritos individualmente (brasileiros e estrangeiros), quanto os 400 cubanos contratados via acordo, começam a participar do curso de preparação com aulas sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa. Após a aprovação nesta etapa, eles irão para os municípios. Os médicos formados no país iniciam o atendimento à população no dia 2 de setembro. Já os com diploma estrangeiro começam a trabalhar no dia 16 de setembro.
O curso vai ter carga de 120 horas com aulas expositivas, oficinas, simulações de consultas e de casos complexos. Também serão feitas visitas técnicas aos serviços de saúde com o objetivo de aproximar o médico do ambiente de trabalho.

Mais Médicos: começa avaliação e acolhimento de profissionais estrangeiros

Agência Brasil

Brasília - Começa nesta segunda-feira (26) o processo de avaliação e acolhimento de todos os médicos com diploma estrangeiro e sem revalidação que vão atuar por três anos em regiões carentes, como municípios do interior e periferias das grandes cidades, pelo Programa Mais Médicos. Os 644 profissionais que vão atuar na primeira fase desembarcaram entre sexta-feira (23) e sábado (24) em oito capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza, onde terão terão aulas em universidades federais sobre saúde pública e língua portuguesa.
A vinda dos profissionais foi um dos pontos mais polêmicos do Programa Mais Médicos, já que eles não vão precisar passar pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), que tem alto índice de reprovação e que é obrigatório para os médicos com diploma estrangeiro atuarem no Brasil. Para as entidades médicas, a não revalidação do diploma deixa a população sem garantia da qualidade dos profissionais. Em vários estados brasileiros, médicos foram às ruas nos últimos dias para protestar contra o programa.
Segundo a doutora em saúde pública e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Lígia Bahia, que foi conselheira do Conselho Nacional de Saúde (CNS), há experiências internacionais que mostram haver maior incidência de erros em procedimentos médicos cometidos por estrangeiros. "Dispensar testes de habilitação pode ser uma medida emergencial e provisória. Para a população que vivencia uma verdadeira via crucis para obter atendimento, a possibilidade de ter um acesso facilitado é sempre positiva. No entanto, sem algum tipo de certificação de competência, haverá dúvidas sobre a qualidade da formação dos médicos que se candidatarem ao edital proposto pelo governo".
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no entanto, defende que as três semanas de ambientação, nas quais os profissionais estrangeiros terão aulas, em universidades públicas federais, sobre saúde pública, com foco na organização e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e língua portuguesa, servirão também para os médicos serem avaliados pelas universidades brasileiras, "podendo inclusive ser reprovados".
As entidades médicas criticam ainda o tipo de vínculo, considerado por elas precário, que os profissionais estrangeiros que vierem ao país pelo Mais Médicos terão. Eles terão uma bolsa formação no valor de R$ 10 mil, sem contrato empregatício. “Eles pagam uma bolsa de estudo, mas esses profissionais vêm é trabalhar e não estudar”, disse o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira.
O Ministério da Saúde defende que a bolsa prevista consiste em uma “bolsa-formação”, uma forma de remuneração para a especialização na atenção básica, que será feita ao longo dos três anos de atuação no programa. Além disso, a pasta argumenta que os médicos vão ter que contribuir com a Previdência Social, para terem direito a licenças e outros benefícios.
Inicialmente, o programa, que foi lançado no começo de julho por medida provisória, só previa inscrições individuais, ou seja, o próprio médico se inscrevia. Porém, com esse modelo, o programa só preencheu 10% da demanda de 15.460 profissionais apresentada pelos municípios. Foi então que Padilha anunciou que buscaria convênios internacionais.
Paralelamente, o início da negociação para um acordo com o governo cubano já havia sido divulgado em maio, quando o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que 6 mil médicos vindos de Cuba atuariam nas regiões carentes do Brasil. Nessa ocasião, a medida foi duramente criticada pelas entidades médicas, que alegam que o curso de medicina em Cuba tem carga horária inferior à do Brasil, o que o tornaria semelhante a um curso técnico.
Na última quarta-feira (21), o governo anunciou um acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que prevê a intermediação de convênios internacionais. O primeiro, assinado com Cuba, trará 4 mil médicos cubanos até o fim de 2013 para as regiões que não tiveram as vagas preenchidas por inscrições individuais no Mais Médicos.
As críticas quanto à vinda dos cubanos, por parte das entidades médicas, foram ainda mais contundentes. Um ponto que gera questionamentos é o fato de a bolsa de R$ 10 mil paga aos profissionais ser repassada ao governo da ilha, com a intermediação da Opas, para posterior pagamento aos médicos – o que, segundo as entidades, poderia levar os profissionais a receber valores abaixo do que é permitido pela lei brasileira. O secretário adjunto de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Fernando Menezes, disse, no entanto, que esses profissionais receberiam entre R$ 2,5 mil e R$ 4 mil.
Quando perguntado se seria correto um médico cubano ter a mesma carga horária de trabalho dos demais médicos, mas ganhar menos, Padilha disse que "essas situações acontecem em todo o mundo, nas mais de 50 parcerias que o Ministério da Saúde de Cuba faz no mundo inteiro". O ministro ressaltou a credibilidade da Opas e disse que as regras do acordo são respeitadas em todos os acordos feitos com o governo cubano.
Os 1.618 profissionais inscritos individualmente na primeira etapa do Mais Médicos vão atuar em 579 postos da rede pública, em cidades do interior do país e periferias de grandes centros. Desse total, 1.096 médicos têm diploma brasileiro e começam a trabalhar no dia 2 de setembro. Os de diploma estrangeiro começam a atuar no dia 16 de setembro.

Sucessor de Steve Ballmer na Microsoft terá de tomar grandes decisões


Conselho da Microsoft pode escolher um novo CEO fora da empresa, o que pode romper com a estratégia adotada até agora e causar fechamento de produtos e serviços

Reuters 
Reuters
SEATTLE - O próximo presidente-executivo da Microsoft tem uma grande decisão a tomar: avançar com o ambicioso plano do atual chefe da companhia, Steve Ballmer, de transformar a gigante do software em uma empresa com ampla oferta de dispositivos e serviços, ou concentrar recursos em torno de softwares para negócios.
Getty Images
Escolha de sucessor de Ballmer terá impacto direto na estratégia da Microsoft
Batizado de "One Microsoft", o grande projeto de Ballmer prevê a união de hardware e serviços baseados em nuvem para forjar um futuro baseado em ambos. O plano foi revelado apenas seis semanas antes do anúncio surpresa de sexta-feira sobre a aposentadoria do executivo dentro de um ano.
Mas as fracas vendas do novo tablet Surface, somadas à falha da Microsoft em ganhar dinheiro com buscas online e smartphones têm lançado dúvidas sobre essa abordagem.
Durante anos investidores têm pedido para a Microsoft redirecionar para os acionistas o dinheiro gasto em projetos deficitários ou periféricos, limitando o foco nos rentáveis negócios do Windows, do Office e das franquias em servidores.
A ValueAct Capital Management, que atua como investidor ativista na Microsoft e cujo lobby recente pode ter desempenhado um papel na decisão de Ballmer de se aposentar mais cedo que o esperado, é visto como favorável a essa estratégia.
Somente nos últimos dois anos, a Microsoft perdeu quase 3 bilhões de dólares com o site de buscas Bing e com outros projetos na internet, sem contar uma baixa contábil de 6 bilhões de dólares referente à frustrada compra da agência de publicidade online aQuantive. A companhia também teve encargos de 900 milhões de dólares com seu tablet Surface no último trimestre, com o dispositivo registrando poucas vendas.
Pelo menos por enquanto, a Microsoft parece decidida a perseguir a visão de Ballmer. John Thompson, o diretor independente da Microsoft, que também está à frente do comitê que nomeará um novo presidente-executivo para a empresa, disse na sexta-feira que o conselho está "comprometido" com o plano de transformação de Ballmer.
A eventual escolha dessa comissão, que estabeleceu o prazo de um ano para cumprir a tarefa, deve fornecer uma pista sobre o quão comprometido o conselho realmente está, e o quanto ele está aberto a aconselhamentos externos.
"Optando por um candidato interno como Satya Nadella, responsável pelos servidores, ou alguém da equipe do Windows, faria sentido para manter a estratégia nesta reorganização", disse Norman Young, analista da Morningstar.
"Mas um forte argumento poderia ser que a empresa precisa de renovação, com alguém que pode executar a estratégia, mas também trazer uma perspectiva de fora", acrescentou.
Para a Microsoft, isso poderia significar vender as operações com o videogame Xbox e abandonar o Bing, ou cortar esforços para fabricar tablets ou outros computadores.
A saída iminente de Ballmer deixa uma escolha difícil e talvez impossível para o seu sucessor, a de empurrar uma gigante rumo a uma transformação de alto risco no mundo de comunicações móveis ou manter a empresa presa a uma ilha rentável de negócios, mas centrada PCs.
"Eu não tenho certeza se há alguém que pode fazer o trabalho de Steve (Ballmer) melhor. É um trabalho extremamente difícil, talvez inadministrável", disse Brad Silverberg, um ex-executivo sênior do Windows e co-fundador da empresa de investimento de risco Ignition Partners. "Talvez a maneira como o trabalho é definido precise mudar, e isso é o prenúncio de grandes mudanças que virão."
Os primeiros sinais públicos de desentendimento no conselho de administração da Microsoft ocorreram em 2010, quando o bônus de Ballmer foi cortado explicitamente para refletir performances fracas do celular Kin e fracasso em tentativa de criação de rival para o iPad, da Apple, segundo documentos enviados ao mercado.
Uma fonte interna da companhia afirmou que há cerca de 18 meses, Ballmer, que tem cerca de 4 por cento da Microsoft, começou a pensar seriamente em um plano de sucessão.
O momento não foi marcado por boas notícias para o executivo. Houve o fraco lançamento do Windows 8, decepção com o tablet Surface e multa de 731 milhões de dólares imposta pela União Europeia depois que a empresa não inclui escolha de browsers de Internet para os usuários do Windows.
O resultado trimestral decepcionante da empresa divulgado em julho, que não deu mostras de uma recuperação rápida da companhia, pode ter servido para selar a decisão. Ballmer disse na sexta-feira que tomou sua decisão alguns dias antes e que informou o conselho na quarta-feira. Não ficou claro se o conselho da Microsoft pediu para Ballmer deixar o cargo.